19/07/2024 às 22h24min - Atualizada em 19/07/2024 às 22h24min
A Saúde Mental Infantil e as Práticas Parentais
Foto: Freepik Escrito por Ana Paula Alves, Educadora parental e Psicopedagoga
Esse tema é pouco falado, pois é meio assustador falarmos da saúde mental de uma criança. Conhecemos a criança como um ser em desenvolvimento que pode brincar e se divertir. No entanto, existe uma abordagem que muitas vezes não consideramos: a identificação de problemas de saúde psicológica infantil.
Quero conversar sobre esse contexto, embasado em pesquisas científicas, para que possamos discutir com mais fundamento um tema tão delicado que enfrentamos.
Quando damos ênfase a esse assunto tão necessário para os dias de hoje, promovemos um olhar mais atento para as políticas de prevenção da saúde mental das crianças. Entender a saúde infantil envolve considerar habilidades adaptativas emocionais, comportamentais e sociais. O ambiente em que as crianças convivem, incluindo práticas parentais e estimulação, é determinante para sua saúde mental.
Estudos realizados desde 2000 em países em desenvolvimento, como o Brasil, mostram que uma em cada cinco crianças sofre de algum transtorno mental, números semelhantes aos de países desenvolvidos. Fatores como o nível socioeconômico, a saúde mental materna e recursos no ambiente familiar (brinquedos e material escolar) são influentes.
Pesquisas apontam fatores de risco e proteção para a saúde mental infantil. Um estudo em um Núcleo de Atenção Primária no Brasil associou transtornos emocionais infantis a estresse materno, instabilidade financeira e falta de rotinas familiares, além de dificuldades escolares.
Práticas e Estilos Parentais
No cotidiano, os pais utilizam práticas educativas para orientar os filhos, buscando promover independência e socialização. Essas práticas formam o "Estilo Parental", que influencia como os pais lidam com poder, hierarquia e apoio emocional. Estudos mostraram que práticas parentais inconsistentes e hostis estão relacionadas a problemas de conduta nas crianças, enquanto práticas positivas, como monitoramento e comportamento moral, essas práticas ajudam a incentivar comportamentos positivos e colaborativos em relação aos outros.
O que podemos concluir desses estudos é que é fundamental conhecer as práticas parentais, ou seja, o seu estilo de educar e se comunicar com seus filhos. Em vez de focar em punições, a parentalidade positiva promove a compreensão das necessidades e emoções das crianças, oferecendo orientação e apoio para que desenvolvam suas habilidades de forma saudável e equilibrada.
A causa principal dessa relação nem sempre ser mais assertiva é o estresse materno e a pressa do dia a dia. Por isso, é essencial que pais e cuidadores recebam suporte e educação para adotarem práticas parentais que promovam o bem-estar emocional e mental de seus filhos.
Concluindo, a saúde mental infantil é um aspecto crucial do desenvolvimento que merece nossa atenção e cuidado. Promover práticas parentais positivas e apoiar as famílias em sua jornada pode fazer uma grande diferença na vida das crianças, garantindo um futuro mais saudável e feliz para todos.
Sobre Ana Paula Alves
Casada há 23 anos, dois filhos, mãe atípica, Palestrante, Escritora e Empresária fundadora da Empresa SERMEP - Ser mais Educação Parental - é uma empresa dedicada à capacitação profissional de educadores parentais, no Brasil e no Exterior. Seu escopo abrange a capacitação inicial até atividades avançadas de pesquisa por meio de iniciação científica, proporcionando a apresentação de trabalhos em congressos e a publicação em sua própria revista especializada. O foco do SERMEP também se estende à promoção de intercâmbios entre empresas e profissionais, visando a troca de conhecimentos e experiências e avanço da atividade.
Além disso, o SERMEP destaca-se por sua atuação na elaboração de projetos e programas específicos para a atividade da Educação Parental. Seu compromisso com a excelência reflete-se em parcerias estratégicas com empresas renomadas no mercado da educação parental, fortalecendo ainda mais seu papel como referência na capacitação e promoção do avanço no campo da parentalidade consciente.
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