Os comerciantes de São Roque, por meio da Associação Comercial (ACIA), estão indignados com a vinda da conhecida “Feirinha da Madrugada”, uma feira de camelôs de São Paulo que está percorrendo cidades do interior do estado e neste fim de semana esteve em São Roque.
Na sexta-feira passada, dia 25, foi realizada uma reunião no próprio prédio da associação, que reuniu alguns dos vereadores da cidade junto aos comerciantes, onde foi discutido os motivos que levaram os administradores públicos a assinarem a permissão de instalação da feirinha.
Segundo a Associação Comercial, os produtos oferecidos na Feira da Madrugada, não são produtos de qualidade e irão acabar ludibriando o consumidor são-roquense. Além do fato de que os camelôs não pagarão impostos e, de forma geral, não irão contribuir com a economia e o avanço da cidade. O presidente da Associação Comercial de São Roque, Antonio Di Girolamo, ainda disse que os comerciantes da feirinha “vão embora com o nosso dinheiro e não deixam nada de bom, nem os produtos”.
A Feirinha da Madrugada esteve instalada em São Roque durante o fim de semana, sendo que foi fechada e reaberta algumas vezes devido às confusões e discordâncias referente ao seu funcionamento. A Associação Comercial apresentou um documento que comprovava, ainda, ilegalidades na instalação dos camelôs, incluindo o alvará do Corpo de Bombeiros.
Os vereadores de São Roque alegaram durante a reunião no auditório da Associação Comercial, que ao assinarem o contrato de instalação da feira, foram enganados, pois ficou entendido que seria realizada uma “feira de primavera”. O ocorrido causou revolta por parte dos comerciantes, que indagavam: “vocês assinam qualquer documento sem ler?”.
Ao final da reunião, o engenheiro de planejamento da prefeitura de São Roque, afirmou que foi elaborada uma lei para que seja proibida a instalação da “Ferinha da Madrugada” em São Roque.
Segundo Éder Fadutti, um dos comerciantes da Feirinha da Madrugada, o comércio de São Roque cobra muito caro nos produtos, explorando a população. "A feirinha veio para facilitar", afirma Éder. Ele ainda conta que o advogado da organização entrou com um recurso e agora o caso correrá na justiça.
Os portões principais que davam acesso a feirinha foram fechados pela prefeitura, mas não impediu a chegada de visitantes e consumidores ao local.
Assista no vídeo, a seguir, os dois lados da moeda.
