19/10/2013 às 12h34min - Atualizada em 19/10/2013 às 12h34min

Protesto em frente ao Instituto Royal no último sábado termina com ação da Tropa de Choque

Um grupo de mascarados chegou a depredar uma viatura da polícia e colocar galhos na estrada para interditar para o tráfego de veículos.

Na manhã do último sábado, dia 19, manifestantes se reuniram em frente ao Instituto Royal, no km 56 da Rodovia Raposo Tavares, para protestar contra os testes realizados em animais pelo centro de pesquisa.

Policiais que passaram a madrugada em frente ao local foram posicionados para impedir que os manifestantes bloqueassem a rodovia. De acordo com informações do portal G1, segundo os cálculos da Polícia Militar, mais de 200 ativistas se reuniram no local e mais chegaram logo após. Entre os participantes havia pessoas com seus rostos cobertos.

Depois de uma breve negociação com os policiais, os ativistas conseguiram chegar um pouco mais perto, mas um pequeno grupo de mascarados tentou furar o bloqueio e foi contido pelos policiais. Na confusão desta manhã, os policiais Militares da Tropa de Choque jogaram bombas de efeito moral e usaram gás de pimenta para conter os manifestantes. Eles correram para a rodovia.

Um grupo de mascarados chegou a depredar uma viatura da polícia e colocar galhos na estrada para interditar para o tráfego de veículos. Na sequência, armados com paus e pedras, começaram a depredar também dois carros da TV TEM, afiliada da Rede Globo. Logo em seguida, atearam fogo nos três veículos.

Alguns dos manifestantes tentaram impedir o ato. A rodovia Raposo Tavares ficou interditada por mais de duas horas.

Outro batalhão da Tropa de Choque chegou no momento crítico e avançou em direção a todos que estavam na rodovia, afim de que a mesma fosse totalmente evacuada. Foi feito uso de balas de borracha, bombas de gás e cassetetes. Em seguida a via foi desbloqueada.

Segundo o site São Roque Notícias, o sentimento entre os ativistas era de frustração. ¨A gente veio aqui pra protestar em paz. Mas aí vem esse pessoal da ¨Black Bloc¨ e atrapalha todo o movimento¨, afirmou uma ativista que não quis se identificar.¨Nós estávamos negociando a entrada pacífica no instituto, como havíamos planejado durante a semana, mas foi tudo perdido¨, lamentou outro ativista.

Dois jovens que haviam sido presos durante a manifestação foram soltos no último domingo (20). A Justiça expediu alvará de soltura após o pagamento da fiança estipulada.Segundo a PM, os detidos foram identificados como responsáveis por depredar uma viatura policial durante o confronto com a Tropa de Choque. Eles vão responder em liberdade por dano qualificado e ao patrimônio. Outros dois detidos foram soltos ainda no sábado.

 

Apenas moradores e trabalhadores da região têm permissão para passar pela barreira policial.

O diretor científico do instituto, João Antônio Pegas Henrique, rebateu a acusação dos ativistas. "Aqui nossos animais não sentem dor. Não é feito nenhum tipo de teste com crueldade. Seguimos todas as normas da Comissão de Ética no Uso de Animais, além de termos a supervisão do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal", diz.

Segundo João Antônio, os animais são submetidos a testes com pomadas e medicamentos aplicados por via oral e intravenosa. "Não fazemos nenhum teste invasivo com animais vivos. Na internet circulou informação de que foram encontrados animais decepados, sem olhos, isso não existe aqui."

Foto: São Roque Notícias


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