Greve dos bancários se encerra em São Roque com reajuste salarial de 8%

Após 23 dias de paralisação dos serviços, a greve dos bancários chega ao fim. Em São Roque apenas a Caixa Econômica Federal aderiu durante todo este tempo a paralisação. As demais agências entraram na greve apenas no início da semana passada (dia 7 e 8).

Estava marcada para quinta-feira, 10, a assembleia que colocaria um fim na greve dos bancários, porém, um impasse durante a reunião fez com que a mesma fosse adiada para às 17h da última sexta-feira (11), data que foi decidido o fim das paralisações.

De acordo com informações de João Mascheto do Sindicato dos Bancários de Sorocaba e região (responsável por São Roque), este impasse se referia ao pagamento dos funcionários referente aos dias de paralisação. Ficou acertado que será descontada uma hora extra dos funcionários, para que os mesmo paguem os dias de ausência. "Isso ocorre porque muitos funcionários fazem duas horas extras por dia. Dessas duas horas, uma será para descontar", explica João.

Ao todo, 204 agências bancárias aderiram a greve na região e 12.136 em todo o Brasil. A greve começou no dia 19 de setembro, quando os bancários fecharam 6.145 agências e centros administrativos em todo o país. Com o fim da greve, as agências bancárias, incluindo São Roque, retornam as suas atividades nos horários de funcionamento normal, das 10h às 16h, a partir de hoje, segunda-feira, 14.

No início da greve a categoria reivindicava um reajuste de 12%.

Confira abaixo a proposta completa feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban):

- Reajuste: 8,0% (1,82% de aumento real);
- Pisos: Reajuste de 8,5% (ganho real de 2,29%);
- Piso de portaria após 90 dias: R$ 1.148,97;
- Piso de escriturário após 90 dias: R$ 1.648,12;
- Piso de caixa após 90 dias: R$ 2.229,05 (que inclui R$ 394,42 de gratificação de caixa e R$ 186,51 de outras verbas de caixa);
- PLR regra básica: 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.694,00 (reajuste de 10%), limitado a R$ 9.087,49. Se o total apurado ficar abaixo de 5% do lucro líquido, será utilizado multiplicador até atingir esse percentual ou 2,2 salários (o que ocorrer primeiro), limitado a R$ 19.825,86;
- PLR parcela adicional: aumento de 2% para 2,2% do lucro líquido distribuídos linearmente, limitado a R$ 3.388,00 (10% de reajuste);
- Antecipação da PLR até 10 dias após assinatura da Convenção Coletiva: na regra básica, 54% do salário mais fixo de R$ 1.016,40, limitado a R$ 5.452,49. Da parcela adicional, 2,2% do lucro do primeiro semestre, limitado a R$ 1.694,00. O pagamento do restante será feito até 3 de março de 2014;
- Auxílio-refeição: de R$ 21,46 para R$ 23,18 por dia;
- Cesta-alimentação: de R$ 367,92 para R$ 397,36;
- 13ª cesta-alimentação: de R$ 367,92 para R$ 397,36;
- Auxílio-creche/babá: de R$ 306,21 para R$ 330,71 (para filhos até 71 meses). E de R$ 261,95 para R$ 282,91(para filhos até 83 meses);
- Requalificação profissional: de R$ 1.047,11 para R$ 1.130,88;
- Adiantamento emergencial: Não devolução do adiantamento emergencial de salário para os afastados que recebem alta do INSS e são considerados inaptos pelo médico do trabalho em caso de recurso administrativo não aceito pelo INSS;
- Gestores ficam proibidos de enviar torpedos aos celulares particulares dos bancários cobrando cumprimento de resultados;
- Abono-assiduidade (novidade): 1 dia de folga remunerada por ano;
- Vale-cultura (novidade): R$ 50,00 mensais para quem ganha até 5 salários mínimos, conforme Lei 12.761/2012.
- Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho - Redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denúncias encaminhadas pelos sindicatos, além de reunião específica com a Fenaban para discutir aprimoramento do programa.
- Adoecimento de bancários - Constituição de grupo de trabalho, com nível político e técnico, para analisar as causas dos afastamentos.