18/01/2016 às 15h59min - Atualizada em 18/01/2016 às 15h59min

Profissionalização de empresas familiares aumenta lucro e gera crescimento

Da Redação: OS2 Comunicação - Foto: Reprodução/Internet
Da Redação: OS2 Comunicação - Foto: Reprodução/Internet

O processo de profissionalização de empresas familiares se faz necessário, principalmente neste período de crise, para que a instituição possa crescer e prosperar de maneira sustentável. Entretanto, este caminho é muitas vezes negligenciado, por necessitar de mudanças nos hábitos e nas estruturas do negócio.

Quando as empresas familiares possuem gestão amadora, informal, e estão mais voltadas aos interesses da família do que as necessidades do negócio, é preciso abrir os olhos.  É comum encontrarmos empresas que misturam as contas pessoais dos membros da família com as contas do negócio, ou situações em que o membro ocupa determinado cargo na instituição devido ao grau de parentesco e não pela capacidade.

Segundo o coaching empresarial Silvano Beserra, profissionalizar um grupo familiar é torná-lo de fato uma empresa, ou seja, ter regras muito claras, com gestão voltada ao negócio em si, e não apenas para benefício da família.

O ponto de partida para um plano de profissionalização de uma empresa familiar é identificar nos membros se este possui o perfil adequado para o cargo que ocupa, excluindo desta seleção questões pessoais e familiares. “Este processo pode ser doloroso, e o fundador da empresa precisa estar preparado para dar este passo. Os cargos devem ser ocupados por pessoas capacitadas para tal e não apenas pelo grau de parentesco. É importante que empresário conte com o apoio de um de um profissional para ajudá-lo a atingir este objetivo”, ressalta Beserra.

Dificilmente o processo de profissionalização dentro de uma empresa familiar não irá gerar traumas. É muito importante que a pessoa que irá conduzir este processo coloque claramente os objetivos e os papéis de cada um dentro da empresa. Porém, muitas vezes, para se atingir o resultado positivo, alguns membros da família não serão aproveitados na organização, mas que ao final, poderão colher os frutos disso. “Na empresa o lugar deve ser ocupado por especialistas”, frisa Beserra.

A rotisseria da Cristiane Aparecida Queiroz passou por um processo de profissionalização e hoje colhe os frutos desta mudança de conduta. A empresa, com mais de 18 anos de fundação, possuía uma gestão familiar, e por não conhecer a importância da profissionalização, cometia erros que prejudicavam a saúde financeira dos negócios. “Não tínhamos uma retirada mensal, e com isso, misturávamos as nossas contas pessoais com as contas da empresa. Além disso, sofríamos com o elevado número de perdas de mercadorias, pois não sabíamos fazer o controle do estoque, entre tantos outros erros, que prejudicavam o financeiro da empresa”, relembra Cristiane.

Segundo explica Beserra, a falta de retirada mensal é um erro muito comum e prejudicial à saúde dos negócios, pois fica impossível fechar o balanço da empresa. “ O empresário conta com um dinheiro que ele não tem, e a empresa não consegue trabalhar com seu verdadeiro lucro. Com isso, a conta simplesmente não fecha”, alerta.

Ainda de acordo com o coaching, é necessário elaborar um planejamento estratégico, em que será definida a estratégia de ação para atingir os objetivos para o desenvolvimento da empresa. No caso da rotisseria da Cristiane, os problemas de estoque e perdas de produto foram solucionados com a informatização dos sistemas de demandas e saídas. “Com isso, conseguimos pontuar quais eram os produtos com mais ou menos saída, facilitando a produção das mercadorias e controle de matéria-prima, diminuindo o nosso desperdício. Além disso, separamos as nossas contas pessoais das contas da empresa o que possibilitou um diagnóstico real da saúde financeira”, ressalta Cristiane.

Encarar que a empresa, mesmo familiar, exige profissionalismo é um passo importante e decisivo. “Se está profissionalização for conduzida de maneira satisfatória, logo no inicio já será possível observar mudanças positivas e significativas na empresa”, finaliza Beserra.


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