Como calcular e prever as taxas de juros?

Os juros são uma parte essencial em operações de investimento ou crédito. Se você já fez um empréstimo consignado, os juros estão lá, presentes como parte do custo dessa operação.
Mas você já se perguntou como calcular a taxa de juros do seu empréstimo ou aplicação financeira? Se você ainda tem dúvidas, não se preocupe: vamos te ajudar a identificar os tipos de juro e como calculá-los.

Definição de juros

Somos a única espécie capaz de planejar o futuro, criando metas e objetivos. De fato, nós, seres humanos, temos visão de longo prazo, por isso fazemos investimentos e tomamos crédito para realizar metas e sonhos.
Em cada uma dessas operações, pagamos (ou investimos) um valor fixo, chamado de principal, mais uma taxa de juros sobre esse valor. Os juros, portanto, são um valor extra pago em troca do tempo pelo qual abrimos mão de um valor específico. Conheça os quatro principais tipos de juros.

• Juros simples: taxa predefinida que incide apenas sobre o valor do principal.
• Juros compostos: incide sobre o valor total, ou seja, sobre o principal e sobre os juros acumulados.
• Juros nominais: taxa informada na contratação do empréstimo ou aplicação.
• Juros reais: taxa nominal menos a inflação.

Juros simples

O juro simples é, como o nome diz, o tipo mais básico de taxa cobrado. Ela incide apenas sobre o valor do principal emprestado, de forma direta.
Para calcular os juros simples, basta utilizar a fórmula abaixo:
J = C*i*t (onde J são os juros, C é o capital, i é a taxa de juros e t é o tempo da aplicação)

 

Juros compostos

Os juros compostos são aqueles que incidem sobre o valor total, incluindo os juros pagos anteriormente. São os famosos “juros sobre juros”.
Essa é a fórmula de cálculo dos juros compostos:
M = C*(1+ i)n (onde M corresponde ao montante acumulado, C é o capital aplicado, i é a taxa de juros e n o número de períodos do empréstimo, geralmente em meses).

Juros nominais

O juro nominal é a taxa que consta no contrato de alguma aplicação financeira ou empréstimo que você faz. Trata-se do valor cobrado no papel, sem descontar a inflação do período.
Por exemplo, se um investimento paga 10% ao ano, essa é a taxa nominal, sem descontar o impacto da inflação

Juros reais

Por fim, a taxa de juros reais é aquela que considera o rendimento nominal menos a perda do poder de compra da moeda. Ou seja, a inflação acumulada durante o período.
Como o dinheiro perde valor, essa taxa define qual é a verdadeira rentabilidade de um investimento em termos da inflação. Sua fórmula é a seguinte:
taxa de juros reais = (1 + taxa de juros nominais) / (1 + inflação) - 1
Portanto, se um investimento tem rendimento anual de 10% e a taxa de inflação do país é de 4%, então a rentabilidade real do investimento é de 6% (10 - 4 = 6).

Cuidado com os juros

Dados os exemplos acima, podemos observar que as taxas de juros podem ser grandes aliadas ou nossas piores inimigas. Os juros ajudam o patrimônio a crescer via investimentos, mas podem causar enormes perdas para quem tem dívidas elevadas.
Por isso, tome muito cuidado ao lidar com operações que tenham cobranças de juros. Sempre faça pesquisas e busque encontrar a melhor taxa, pois a menor das reduções nos juros pode resultar num grande alívio financeiro em suas contas.
Além disso, se você está em busca de investir, conheça quais são as taxas de administração ou performance cobradas pelo seu banco ou corretora. Elas, assim como a inflação, podem corroer parte da sua rentabilidade e comprometer seus investimentos a longo prazo.
Seguindo essas dicas, você estará mais preparado para entender como funcionam os juros e poderá utilizá-los a seu favor.