08/03/2024 às 15h13min - Atualizada em 08/03/2024 às 15h13min

Mulheres, por que achamos que merecemos tão pouco?

Foto: Alice Ferreira de Oliveira
Por Psicóloga Elisangela Niná

Neste artigo quero falar um pouquinho sobre o Mês de Março, que é considerado o Mês das Mulheres - e começo refletindo, como Psicóloga: será que temos mesmo o que comemorar? Certamente que sim. São muitas conquistas. Contudo, há ainda muito trabalho a ser feito.

As notícias sobre a violência e abuso contra as mulheres, anônimas e famosas, ricas e pobres, o assédio praticado na rua e nos reality shows da TV, as disputas familiares em divórcios desastrosos, que não poupam ninguém...

A questão é: por que será que entramos e mantemos relações ruins por tanto tempo? Será que merecemos tão pouco na vida…? A resposta pode estar na própria crença feminina limitante, que desenvolvemos ao longo dos anos, sem perceber.

Atendo muitas mulheres, muitas delas bem sucedidas ou com potencial incrível, talentosas, fortes, amorosas, divertidas, inteligentes, mas que simplesmente acreditam que não podem sentir mais e viver mais - e que acabam se colocando neste “lugar” pequeno, um lugar de estagnação.

Aliás, como vimos, esta crença falsa e disfuncional pode atingir as celebridades, ricas, famosas, padrões de beleza... enquanto as mais humildes também não são poupadas; ou seja, atinge a todas nós!

Já parou para entender que a única coisa que realmente te distancia dos teus objetivos, da vida sonhada, é a forma como você mesma pensa sobre o seu próprio merecimento?

Enquanto você mantiver este padrão de pensamento distorcido e focado no outro... nada mudará! Entretanto, se você decidir entender de onde vem esta rigidez, esta resistência e esta crença limitante poderá ganhar forças para brigar até alterar este padrão.

O problema é que se continuamos neste padrão o que acontece, muitas vezes, são ciclos de dependência emocional e relacionamentos frios, desgastados, falidos e, por que não dizer: abusivos e tóxicos.

A vida pessoal e profissional também não anda. E a convivência com a família não fica das melhores...

Cá entre nós, durante o processo, pode ser que ninguém goste ou entenda quando você resolver mudar. É possível até que você seja chamada de egoísta.

Mesmo assim: recomendo fortemente que você pare de querer dominar o outro e domine a si própria com todas as forças. A economia energética será grande.

Comece a prestar atenção na própria alimentação, faça um esporte, cuide de si mesma, compre aquela roupinha, mas não para agradar alguém... Também não se isole e preste atenção na qualidade das amizades e afetos. Você merece o melhor. Cerque-se apenas do que te faz bem.

Tratamento: a forma de tratar a dependência emocional é com psicoterapia, a ideia é entrar em terapia para que a pessoa possa organizar esses pensamentos e essas crenças sobre ela mesma.

A terapia pode te auxiliar e muito! Eu desejo que você desenvolva todo o seu potencial.

Psicóloga Elisangela Niná (CRP 120921/06)
@psielisangelanina

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