09/04/2024 às 11h23min - Atualizada em 09/04/2024 às 11h23min

Bom pai e boa mãe? Qual será esse lugar?

Foto: Freepik

Escrito por Ana Paula Alves, Educadora parental e Psicopedagoga

Quando refletimos sobre o que significa ser um bom pai ou uma boa mãe, entramos em um debate que poderia durar horas. Muitas vezes, somos rápidos em oferecer conselhos e soluções para situações hipotéticas, usando o famoso "se fosse comigo". No entanto, quando nos deparamos com essas situações em nossas próprias vidas, nos vemos inundados por uma gama de emoções complexas e desafios inesperados.

É comum nos encontrarmos questionando nossas habilidades parentais e nos preocupando com questões como rejeição, cobranças externas e internas, e até mesmo com a culpa por não poder proporcionar aos nossos filhos tudo o que gostaríamos. Muitas vezes, carregamos conosco as experiências não vividas da infância e adolescência, desejando oferecer aos nossos filhos aquilo que não tivemos.


No entanto, o cenário atual é bastante diferente do que vivemos no passado. As demandas e expectativas sobre os pais e mães mudaram, assim como o contexto em que nossos filhos estão crescendo. O mundo digital, a educação, as relações interpessoais - tudo evoluiu significativamente.

Diante desse panorama, torna-se claro que ser um bom pai ou uma boa mãe nesta geração requer uma profunda compreensão das necessidades e desafios específicos que nossos filhos enfrentam. Isso inclui não apenas oferecer amor e suporte emocional, mas também estar presente de forma significativa em suas vidas, orientá-los com sabedoria diante das novas tecnologias e complexidades sociais, e, acima de tudo, cultivar uma relação baseada na confiança, no respeito e na comunicação aberta.

Portanto, para sermos bons pais e boas mães nesta geração, precisamos estar dispostos a aprender, a nos adaptar e a crescer junto com nossos filhos. Isso significa reconhecer nossas próprias limitações, buscar conhecimento e apoio quando necessário, e estar abertos ao diálogo e à reflexão contínua sobre nossa jornada parental. Afinal, ser um bom pai ou uma boa mãe não se resume a seguir um conjunto de regras pré-estabelecidas, mas sim a cultivar um ambiente de amor, compreensão e crescimento mútuo em nossa família.

Certamente, é compreensível que possa parecer que estou pintando um quadro um tanto idealizado desse universo. A realidade é que enfrentamos muitos desafios, e é fácil sucumbir ao pessimismo diante das notícias de agressões, bullying, descasos e outras situações preocupantes. No entanto, enquanto nos concentrarmos apenas nas dificuldades e não buscarmos maneiras de apresentar um mundo melhor para a próxima geração, estaremos negligenciando uma parte crucial do nosso papel como pais.

Acredito firmemente que, mesmo diante dos desafios, devemos nutrir a esperança e trabalhar juntos para construir um futuro mais brilhante para nossos filhos. É verdade que o caminho pode ser difícil, mas é essencial não deixar a esperança se extinguir. É a esperança que nos impulsiona a continuar lutando, a buscar soluções e a acreditar no potencial de nossos filhos para superar as adversidades e alcançar seus sonhos.

Nesse sentido, o papel do profissional da Educação Parental é fundamental. Eles estão aqui para contribuir a navegar por esse desafiador mundo da parentalidade, oferecendo suporte, orientação e, acima de tudo, uma mensagem de esperança. Não podemos subestimar o poder transformador que uma perspectiva positiva pode ter em nossas vidas e na vida de nossos filhos. Portanto, vamos continuar lutando, unidos pela causa da esperança e pelo bem-estar das gerações futuras.

E, no cerne de tudo isso, está a questão fundamental: o que é ser um bom pai ou uma boa mãe? Ser um bom pai ou uma boa mãe vai muito além de simplesmente suprir as necessidades básicas dos filhos. Envolve cultivar um ambiente de amor, respeito, compreensão e apoio. Significa estar presente, ouvir atentamente, orientar com sabedoria e modelar comportamentos positivos. Ser um bom pai ou uma boa mãe é dedicar-se integralmente ao bem-estar e ao desenvolvimento integral de seus filhos, mesmo nos momentos mais desafiadores. É isso que nos torna verdadeiramente bons pais e mães.

Sobre Ana Paula Alves
Casada há 23 anos, dois filhos, mãe atípica, Palestrante, Escritora e Empresária fundadora da Empresa SERMEP - Ser mais Educação Parental - é uma empresa dedicada à capacitação profissional de educadores parentais, no Brasil e no Exterior. Seu escopo abrange a capacitação inicial até atividades avançadas de pesquisa por meio de iniciação científica, proporcionando a apresentação de trabalhos em congressos e a publicação em sua própria revista especializada. O foco do SERMEP também se estende à promoção de intercâmbios entre empresas e profissionais, visando a troca de conhecimentos e experiências e avanço da atividade.

Além disso, o SERMEP destaca-se por sua atuação na elaboração de projetos e programas específicos para a atividade da Educação Parental. Seu compromisso com a excelência reflete-se em parcerias estratégicas com empresas renomadas no mercado da educação parental, fortalecendo ainda mais seu papel como referência na capacitação e promoção do avanço no campo da parentalidade consciente.

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