27/06/2014 às 09h07min - Atualizada em 27/06/2014 às 09h07min

Prefeitura de São Roque abre sindicância contra Santa Casa de Misericórdia

Instituição de saúde se defende de acusação de irregularidades na prestação de contas

A Prefeitura de São Roque abriu, na primeira quinzena deste mês, uma comissão de análise de prestação de contas para apurar indícios de irregularidades no convênio que a administração da cidade mantém com a Santa Casa de Misericórdia. A administração da cidade afirma que tem executado diversos esforços junto à instituição de saúde para melhorar o atendimento a população do município, porém apesar deste empenho, a prestação de contas da entidade tem apresentado irregularidades e por conta disso uma sindicância foi aberta para apurar os fatos.

Segundo nota enviada a redação do Jornal da Economia, a Prefeitura chegou a exigir que a Santa casa contratasse o administrador Rogério Gomes da Silveira para dirigir a instituição, que assumiu suas funções no início de junho, mas encontrou dificuldade em exercer seu trabalho.  A prefeitura também exigiu a contratação de uma empresa especializada em consultoria de gestão de custos hospitalares, que iniciou um diagnóstico situacional na instituição no dia 21 de maio. “Para nós, com esse novo modelo e com os aportes financeiros, havia condições de que o atendimento melhorasse”, destaca o prefeito.

De acordo com o diretor do Departamento de Saúde, Sandro Rizzi, somente neste ano a Prefeitura repassou para a Santa Casa, para custeio, mais de  R$ 7,5 milhões. Este valor é repassado à instituição, parte pelo Ministério da Saúde, parte pela Secretaria do Estado (através do programa Pró Santa Casa) e parte pela prefeitura. Porém, apesar dos fortes investimentos a prefeitura afirma que o hospital vem apresentando problemas no atendimento, com as cirurgias gerais estando paradas há quase dois meses e a ginecologia há cerca de um mês, além da falta de medicamentos e insumos, resultando no desconforto e insatisfação da população.

Para apurar estes fatos, a redação do Jornal da Economia entrou em contato com a administração da Santa Casa, onde pudemos conversar com Leila Maria de Oliveira Camilo, vice provedora da instituição. Apesar da Prefeitura afirmar que já havia informado a Santa Casa da abertura de sindicância, a vice provedora afirma que foi pega de surpresa pela notícia e que não tinha conhecimento do fato. Leila também defende que a instituição entregou todas as prestações de conta e que em resposta a uma carta de advertência da administração municipal sobre o assunto, chegou a entregar uma resposta anexando os protocolos de entrega das prestações de conta.

Também foi informado que a instituição de saúde tem médicos para atender a população, mas que o município não os encaminha para tratamento em suas dependências. Em resposta ao pedido de um novo administrador para a Santa Casa, Leila lembrou que o antigo administrador interino da instituição, Julio Mariano, foi indicado pela própria Prefeitura e que após um ano e meio se habituando a sua nova função, teve que ser substituído por outro. Segundo a vice provedora, o novo administrador do hospital, Rogério Gomes da Silveira, é um farmacêutico sem experiência na área administrativa e que nem mesmo cumpre todo o seu horário de trabalho na Santa Casa. “Falta comprometimento da parte dele”, afirma Leila. Atualmente a direção do hospital foi dividida em dois pólos, por conta da disparidade de experiência dos administradores Rogério Mariano e Rogério Gomes, ambos atualmente exercendo funções administrativas dentro da instituição.

O Jornal da Economia vai continuar acompanhado o caso, esperando que a solução seja breve e que beneficie a população.

 


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