Obras na Bandeirantes continuam paralisadas devido à burocracia e sofrem com vandalismo

Iniciadas em fevereiro de 2012 e com prazo de entrega estabelecido para agosto do mesmo ano, as obras do complexo de lazer esportivo situado na Avenida Bandeirantes, em São Roque, ainda não foram concluídas e continuam paralisadas.

O complexo teve início com a administração pública passada, que contratou e licitou a empresa BSM Empreendimentos para o serviço. A mesma empresa foi contratada para realizar o projeto do Conjunto Habitacional “Parque Lago dos Patos”, no bairro Paisagem Colonial e, coincidência ou não, também não concluiu os trabalhos. O Jornal da Economia tentou entrar em contato com a empresa BSM nas ocasiões em que a mesma rompeu os compromissos com a cidade de São Roque, mas não obteve sucesso.

Em meados de 2013, a Prefeitura Municipal de São Roque se viu obrigada a realizar uma rescisão de contrato com a BSM, para que uma nova empresa fosse licitada e concluísse as obras.

Porém, de lá pra cá já se passaram cerca de seis meses e a atual administração de São Roque ainda não conseguiu dar continuidade no projeto, que já sofre com depredações e vandalismo. O Jornal da Economia visitou o local durante esta semana e pôde constatar janelas quebradas, diversas pichações, mau cheiro e vestígios de bebidas e cigarros, que indicam a invasão frequente de marginais.

Entramos em contato com a administração municipal de São Roque questionando quando será possível o retorno das obras e se há previsão para ser concluído em 2014 e fomos informados que a demora é devido à burocracia que gira em torno do caso. “O rompimento do contrato deve seguir alguns procedimentos legais, que, geralmente são demorados”, afirma a assessoria de imprensa da Prefeitura.

Quando perguntado se já estão à procura de uma nova empresa para a conclusão das obras, a prefeitura garantiu que outro processo licitatório já está em curso e em breve será publicado no Diário Oficial. “O Departamento de Planejamento salientou que a obra tem previsão de término para 2014”, afirmava na nota explicativa enviada pela administração municipal.

No ano passado, quando a Prefeitura informou que romperia o contrato com a BSM Empreendimentos, foi dito que os prejuízos trazidos com a paralisação da obra, como por exemplo, materiais desperdiçados, seriam cobrados diretamente da empresa construtora. Questionamos a administração da cidade se realmente irão cobrar o prejuízo da BSM e a mesma disse que “a cobrança pelo abandono já está sendo elaborada e será enviada á justiça com o devido orgamento”.

“Por fim, esclarecemos que a Prefeitura retirou grande parte do material abandonado no local e a Guarda Municipal está sempre de prontidão para zelar pelo patrimônio público, todavia atos de vandalismo como qualquer outro tipo de crime, são imprevisíveis e, portanto, acabam ocorrendo, independente da obra estar ou não concluída”, concluía a nota explicativa.