A empresa de transporte público Vargem Grande Paulista (Viação Cidade de Ibiúna), pode perder o contrato de prestação de serviços de transporte assinado com a prefeitura da cidade, devido à greve que deixou cerca de 20 mil pessoas sem transporte.
A greve aconteceu na semana passada, tendo início na terça-feira, dia 17, durando quatro dias (até a sexta-feira, 20). Os funcionários da empresa Viação Cidade de Ibiúna, alegaram que não haviam recebido o salário do mês de setembro na data definida, desta forma, paralisaram os serviços e se manifestaram em frente à empresa, dizendo que só voltariam ao trabalho após o pagamento.
Como forma de defesa, a empresa apresentou um laudo informando que os pagamentos dos funcionários atrasaram, pois a prefeitura de Ibiúna estaria devendo três meses de repasse, somando um valor de R$ 600 mil. Contudo, durante a greve a prefeitura da cidade informou à imprensa que todos os repasses estavam em dia.
O Secretário de Negócios Jurídicos da cidade, Douglas Bigarelli, afirma que o que foi relatado no laudo de defesa da empresa é um absurdo. “Mesmo que a prefeitura estivesse devendo - o que ainda estamos levantando - a empresa teria que manter os serviços, obedecendo ao que está previsto na Lei Federal de Licitações, que obriga a empresa a se manter sozinha, pelo menos, três meses", explica Douglas. “Desde o começo do ano a empresa recebeu da prefeitura cerca de R$ 5 milhões, além dos repasses estaduais e os pagamentos das tarifas. Mesmo que a prefeitura não pagasse o valor de R$ 600 mil, não representaria desequilíbrio econômico suficiente para não cumprir a folha de pagamento do mês de setembro", conclui.
Com isso, a prefeitura de Ibiúna notificou a empresa para que a mesma apresente uma nova defesa dentro de dez dias. Ela também alerta que, após as análises das defesas, a empresa Vargem Grande Paulista (Viação Cidade de Ibiúna) pode receber uma multa ou até mesmo ter o contrato (que permite a empresa a prestar os serviços de transporte na cidade) rescindido.
