José Domingues de Alcantara de Jesus deve ir à jurí popular pelo assassinato da namorada Fabiana de Oliveira e da amiga de sua companheira Patrícia Aparecida de Oliveira, em setembro de 2015. O réu e outras duas testemunhas foram ouvidos na tarde desta quinta-feira (04) no fórum de São Roque.
Domingues matou as duas mulheres a golpes de facão, após uma suposta traição da companheira, com quem vivia há aproximadamente três meses. Segundo o depoimento do réu, na noite do crime, o trio havia ido há uma casa noturna localizada no bairro Guaçu. As diversas idas de Fabiana ao banheiro despertaram a suspeita de Domingues, que apesar da insistência de Patrícia, saiu para procurar a namorada e a encontrou no banheiro praticando atos sexuais com outro homem.
Sem demonstrar qualquer sinal de ter descoberto a traição, o homem seguiu para sua casa com as duas mulheres após deixarem o evento. Durante a madrugada o homem se dirigiu a um dos quartos onde a amiga da moça estava hospedada, onde desferiu diversos golpes de facão contra a mulher, que morreu na hora sobre a cama em que dormia.
Ao ouvir os gritos da amiga, Fabiana correu para a casa de um vizinho. Mas foi seguida pelo marido, que após conversar com os moradores da residência, saiu com a companheira de volta a casa onde viviam. Ao chegar ao local, Domingues mostrou o corpo de Patricia a namorada, que assustada tentou fugir, mas foi perseguida até um terreno próximo onde foi esfaqueada pelo companheiro. Após o crime, Domingues deixou o local de moto, mas acabou retornando depois e encontrando com os policias, que foram acionados pelos vizinhos e já haviam encontrado o corpo de patrícia.
Ao ser indagado pelas autoridades o acusado levou os policiais até o local onde havia encontrado Fabiana, que chegou a ser socorrida, mas veio falecer.
Apesar do crime bárbaro, ambos os advogados de defesa e acusação acreditam que o caso deve ir para júri popular. “As famílias das vítimas estão devastadas. É um crime bárbaro e acredito que ele será julgado com todos os atenuantes pertinentes”. Afirmou o advogado de acusação Glauber Bez.
Segundo o advogado de defesa, Alexandre Carlos Altino, o caso é difícil, mas a defesa irá garantir que os direitos do acusado sejam garantidos. “Eles está profundamente arrependido, mas se mostra calmo e a disposição do juiz para que a justiça seja feita”, completou.
A confirmação se Domingues irá a júri popular deve ser confirmada apenas no final de agosto, entretanto caso seja o caso o julgamento não deve ocorrer este ano. Caso condenado com todos os atenuantes, o acusado pode ter uma pena de 60 anos.