Eduardo Cunha renuncia à Presidência da Câmara dos Deputados

O Deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) renunciou a Presidência da Câmara dos Deputados na tarde desta quinta-feira (07). Ao ler sua carta de renuncia, Cunha disse que cedeu aos apelos generalizados dos meus apoiadores e que é alvo de perseguição por ter aceito a denúncia que deu início ao processo de impeachment de Dilma Rousseff. "Somente a minha renúncia poderá pôr fim a esta instabilidade sem prazo", disse, disse durante entrevista à imprensa no Salão Nobre da Câmara. Confira o trecho abaixo.

Com a saída de Cunha, a Câmara terá que convocar novas eleições no prazo de até cinco sessões plenárias, para que se nomeie o candidato para o conhecido “mandato-tampão”, quando se elege um novo presidente para comandar a Casa até fevereiro do próximo ano, quando um novo deputado será eleito em definitivo. Existem, pelo menos, 12 candidatos informais para disputar o cargo, entretanto o nome predileto de Cunha seria o do deputado Rogério Rosso (PSD-DF).

Os boatos sobre a saída de Cunha ganharam força ao longo do dia e muitos de seus aliados já haviam confirmado que o deputado deixaria a presidencia oficialmente na tarde desta quinta e que o Palácio do Planalto já teria sido avisado sobre a decisão do peemedebista, que pleiteava um acordo para antecipar a eleição da câmara para o novo presidente para o início da próxima semana.

A decisão de deixar definitivamente o posto teria ocorrido quando a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) acatou de apenas um dos 16 questionamentos de Cunha à tramitação de seu processo no Conselho de Ética, que recomendou a cassação de seu mandato. Com a decisão, uma reunião teria sido feita na noite de quarta-feira (6), onde os detalhes da renúncia teriam sido acertados.

Com sua renúncia a Presidência da Câmara, Cunha deve tentar reverter os votos na CCJ para fazer o caso voltar ao conselho de ética.