03/12/2015 às 10h20min - Atualizada em 03/12/2015 às 10h20min

Cunha aceita pedido de abertura de processo de impeachment de Dilma

Da Redação - Foto: Reprodução/Internet
Da Redação - Foto: Reprodução/Internet

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitou o pedido de abertura de processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. O anúncio foi feito em entrevista coletiva na própria Câmara, na noite de quarta-feira (02).

Cunha aceitou o pedido protocolado pelos advogados Hélio Bicudo, Miguel Reale Junior e Janaína Paschoal, apresentado em outubro e que usava como argumento a decisão do TCU (Tribunal de Contas da União) que rejeitou as contas do governo de Dilma Rousseff de 2014. A rejeição das contas pelo tribunal se deve ao atraso no repasse de recursos para a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, referentes a despesas com programas sociais, além de cinco decretos envolvendo créditos suplementares assinados pela presidenta Dilma Rousseff sem autorização do Congresso Nacional.

Com o acatamento do pedido de impeachment, são necessários votos de dois terços do total de deputados (513), para que o processo de impeachment siga para o Senado.

Resposta do Governo

O governo avaliou a aceitação do pedido para abertura do processo de impeachment como uma decisão pessoal e ataque de Cunha à Dilma. A presidente se manifestou publicamente contra a decisão do presidente da Câmara dos Deputados em um pronunciamento feito na própria noite de quarta-feira (02). “Não paira contra mim nenhuma suspeita de desvio de dinheiro público. Não possuo conta no exterior. Nunca coagi e nem tentei coagir instituições em busca de satisfazer os meus interesses”, afirmou.

Em seu pronunciamento a governante também negou os boatos de que estaria em negociações com o presidente da Câmara sobre uma votação favorável a Cunha por deputados da base no Conselho de Ética da Câmara, que analisa um processo investigativo contra o presidente da Câmara.

Dilma terá 10 sessões da Câmara dos Deputados para apresentar a sua defesa, que será enviado para uma comissão especial destinada a analisar o caso.


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