16/10/2015 às 10h11min - Atualizada em 16/10/2015 às 10h11min

Luto e passeata marcam Dia do Professor em escolas municipais de São Roque

Texto e Fotos: Rafael Barbosa
Texto e Fotos: Rafael Barbosa

Alunos e professores das escolas EMEF Maria José Ferraz Schoenacker, no bairro do Guaçu e EMEF Barão de Piratininga, no bairro Cambará, realizaram na manhã de quinta-feira, dia 15, uma passeata de protesto pela morte do professor de matemática Serafim Jesus de Camargo 48 anos e seu filho, Caio Carvalho de Camargo, 13 anos. Os dois morreram vitimas de um grave acidente, ocorrido na tarde de sábado (10), no km 01 da Rodovia Lívio Tagliassachi, envolvendo três veículos. Pai e filho transitavam pelo local em uma moto quando foram envolvidos no acidente.

Assim a celebração do Dia do Professor, comemorado no dia 15, se transformou em luto e protestos por melhorias em uma rodovia que já se tornou famosa na região por tirar vidas. “Estamos muito tristes com a perda do nosso professor Serafim. Fazemos este manifesto em virtude de o termos perdido por conta de uma imprudência de trânsito, então saímos ás ruas pedindo que as autoridades façam alguma coisa, pois se a situação continuar como está, continuaremos a perder pessoas”, afirmou a Diretora da EMEF Prof. Maria José Ferraz Schoenacker, Laíz M. da Silva Brandão. Segundo a diretora, Serafim era um ótimo profissional, que alegrava a todos na escola com seu bom humor.

Portando faixas com  imagens do rosto do professor e cartazes com frases de apoio a família da vítima e de prudência no transito. Os alunos e professores da Escola Schoenacker saíram em uma rápida passagem pela Rua das Acácias, que circunda a instituição, enquanto os membros da escola do Barão de Piratininga caminharam pela Avenida Bandeirantes. Ao final da passeata os alunos da escola do Guaçu realizaram uma oração e soltaram balões brancos em despedida ao querido professor. Os alunos da escola do bairro Cambará também  prestaram sua homenagem a Serafim, expondo os cartazes na frente da EMEF.

A dor e tristeza dos participantes das passeatas e da família do professor, que perde duas pessoas queridas por conta de uma imprudência do trânsito, reflete a dor de outras centenas de pessoas que tiveram familiares envolvidos em inúmeros acidentes ocorridos na rodovia e que crescem a cada ano, gerando a revolta da população.  “Essa rodovia já devia ter sido duplicada. Eles estão esperando o que?  Quantas pessoas vão ter que morrer para que resolvam duplicar uma rodovia com um trafego tão intenso quanto esta”, afirma o motorista Emerson Donizete. O motorista, pai de duas crianças, afirmou que morou por um ano em um condomínio na região da rodovia, mas que resolveu se mudar por causa do perigo do local, que conta com trafego intenso e com problemas de sinalização, que muitas vezes são obstruídas pela vegetação.

Enquanto isto o abuso dos motoristas, continua a provocar novos acidentes e infelizmente artifícios que poderiam inibir incidentes como este não se encontram em funcionamento na pista, como o caso do radar, que foi colocado na rodovia em outubro do ano passado, ainda não está  em funcionamento.

O Jornal da Economia entrou em contato com o DER para questionar sobre o radar e outras medidas que estariam sendo tomadas para prevenir os acidentes na Rodovia Lívio Tagliassachi e no momento, aguarda a resposta do órgão.

confira o vídeo:


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