16/06/2015 às 10h30min - Atualizada em 16/06/2015 às 10h30min

Entenda o 'milagre' da tecnologia que recupera a audição

Fonte: Olhar Digital
Fonte: Olhar Digital

Dos nossos cinco sentidos, o único que pode ser substituído com uma prótese é a audição. O ouvido biônico, ou implante coclear, é uma prótese sensorial que substitui o ouvido humano. Hoje, no mundo, existem mais de 60 mil usuários de implante coclear. 

Quando as ondas sonoras chegam aos nossos ouvidos, elas entram no canal auditivo e atingem o tímpano. A partir daí, essas ondas sonoras são mecanicamente amplificadas e transmitidas para a parte interna do ouvido; é ali que está a cóclea, responsável por enviar os sinais do som para os nervos e para o cérebro. No implante coclear, o som entra por um microfone e é processado por um microcomputador externo. O som então é transformado em informação digital e transmitido via ondas de rádio para o implante na parte interna do ouvido. Os eletrodos colocados dentro da cóclea estimulam eletronicamente o nervo auditivo e a pessoa volta a escutar.

O implante coclear não é algo novo; começou a ser feito ainda na década de 70. Mas com o avanço da tecnologia, se tornou mais acessível e também evoluiu bastante em questões de hardware e software. Hoje, a audição de um implantado é praticamente perfeita.

Curioso é que mais do que devolver a audição – o que já é espetacular – a tecnologia permite ainda que o aparelho externo se conecte via Bluetooth com outros dispositivos. Aí, o ouvido biônico realmente ultrapassa a capacidade humana.

O implante coclear é bem diferente dos tradicionais aparelhos auditivos. Estes dispositivos apenas amplificam o som, mas se a pessoa não escuta nada, não adianta amplificar. É mais ou menos como dar óculos a um cego e esperar que ele volte a enxergar.

No Brasil, o implante coclear é 100% custeado pelo Sistema Único de Saúde, o SUS. O procedimento é feito inclusive em crianças recém-nascidas com deficiência auditiva. Para jovens e adultos existe todo um protocolo de avaliação para definir se o paciente realmente necessita do implante.


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