Justiça condena homem acusado de estupro em São Roque

O caso corre em segredo de Justiça, mas o JE teve acesso à informação por uma fonte, que terá seu nome preservado

A Justiça condenou Denilson da Silva Lira a 25 anos e 10 meses de reclusão pelo crime de estupro de vulnerável, após ele ter sido acusado de abusar sexualmente de uma menina durante 10 anos, tempo em que foi casado com a mãe da vítima. O criminoso, no entanto, fará uso de tornozeleira eletrônica.

O caso corre em segredo de Justiça, mas o Jornal da Economia teve acesso à informação por uma fonte, que terá seu nome preservado pela reportagem.

O crime foi revelado em maio de 2022 pela enteada, hoje com 21 anos, que após receber mensagens do ex-padrasto pedindo que ela o perdoasse pelos abusos, decidiu contar o que sofreu ao namorado e à mãe e relatou que o acusado costumava dar a ela pílulas do dia seguinte toda vez que praticava a violência.

Em entrevista ao programa Cidade Alerta da Record TV, a vítima quebrou o silêncio e contou detalhes de sua relação com Denilson, na época em que conviviam na mesma casa. “Ele falava que ninguém me amava, nem a minha própria mãe, e que só ele me amava porque brincava comigo e me dava carinho. Também me dizia que se eu contasse o que ele fazia para alguém, acabaria com a vida dele”, relatou a vítima, dizendo que os abusos começaram quando ela tinha 7 anos de idade.

Na época da denúncia, a mãe da jovem – que faleceu vítima de câncer em junho do mesmo ano – também conversou com a reportagem e afirmou que lutaria para colocar o ex-marido na cadeia. Na entrevista, ela ainda disse que ‘sentia nojo’ pelo fato de ele ter sido casado, ter um filho com ela e ajudado a criar a menina desde quando a vítima tinha 2 anos. “Eu fico pensando como ele pode ter coragem de fazer isso com ela e ainda levar uma vida em família, andando de cabeça erguida como se fosse um pai maravilhoso”, contou a mulher, dizendo que nunca imaginou que o ex pudesse ter desejo por uma criança.

Ainda segundo o programa, Denilson Lira criava situações para que pudesse levar a enteada para o quarto. Ele esperava a mãe da menina sair para trabalhar e, em seguida, dizia para o filho menor do casal ir tomar banho para que ele ficasse sozinho com a vítima. “Como ele tinha coragem de olhar para o filho dele abusando da irmã? Não cabe na minha cabeça, eu não consigo assimilar isso”, indignou-se a mãe, que se separou do homem em 2018.