13/03/2024 às 14h02min - Atualizada em 13/03/2024 às 14h02min

Microbiota intestinal: os impactos da disbiose merecem atenção

Foto: Divulgação

Por Dr. Pedro Renato Guazzelli
Médico CRM-SP 71729


A microbiota intestinal é composta de uma colônia de microrganismos que fica localizada na região do trato gastro-intestinal do corpo humano. São trilhões de bactérias, fungos e vírus que servem para manter o bom funcionamento do sistema digestivo.

Elas trabalham para cuidar da integridade da mucosa na região e metabolizar nutrientes, minerais e fitoquímicos no intestino. A população de microrganismos está envolvida na produção de vitaminas, enzimas, componentes responsáveis pela renovação celular e, também, 90% da serotonina do corpo.

Além disso, serve para a proteção do corpo humano, por meio do fortalecimento do sistema imunológico e do impedimento da proliferação de bactérias patogênicas, que são consideradas perigosas para o organismo. 


O que é disbiose intestinal?

A disbiose é uma condição clínica que acontece quando a microbiota intestinal está sofrendo algum desequilíbrio de bactérias. Isto é, quando o número de bactérias patogênicas, que fazem mal para o organismo, é superior ao número de “bactérias do bem”. 

Por não ser uma doença, necessita de cuidado constante. Caso a pessoa não mantenha a microbiota do intestino bem cuidada e nutrida, os sintomas tendem a voltar. 

Além disso, ela pode gerar consequências leves e graves para o trato gastrointestinal, podendo afetar a absorção de nutrientes, a digestão, o sistema imunológico e a qualidade de vida.

 

Causas da disbiose

O desequilíbrio pode acontecer por diferentes razões. A má alimentação diária é o principal fator, sendo a causa do problema em 57% dos casos.

Na alimentação, está associada à grande ingestão de proteína e gorduras, mas também ao consumo exagerado de alimentos industrializados, com altos índices de carboidratos refinados, açúcar simples e gorduras saturadas. Essa alteração também pode ter relação com uma dieta fraca em fibras ou um consumo de alimentos com grande concentração de agrotóxicos.

A disbiose também pode ser uma consequência de um grande uso de medicamentos, como, por exemplo, os antibióticos e os remédios para diminuição da acidez estomacal. Além disso, o estresse e a poluição também são fatores que promovem o desequilíbrio na microbiota do intestino. 

Os fatores genéticos do indivíduo são outra razão para a condição clínica. Entretanto, estima-se que isso aconteça em apenas 12% dos casos. 

 

Sinais de uma disbiose

O desequilíbrio na microbiota intestinal pode gerar sintomas intestinais passageiros, como prisão de ventre, náuseas, gases, dores abdominais, azia, vômitos, distensão abdominal e diarreia.

Caso não seja tratada, a longo prazo, é capaz de provocar consequências mais pesadas para a qualidade de vida da pessoa, aumentando as chances do indivíduo desenvolver intolerância a lactose, doença celíaca ou síndrome do intestino irritável.

Fora os sinais que aparecem no trato gastrointestinal, a condição clínica também pode causar distúrbios de humor, cansaço, dores de cabeça, quedas de cabelo e unhas quebradiças, além de deixar a pessoa mais suscetível ao desenvolvimento de alergias, doenças autoimunes e candiáse de repetição.

 

Como cuidar da microbiota do intestino

A alimentação saudável é a forma mais efetiva de proteger o intestino. Existem algumas comidas mais indicadas que afetam positivamente a população de micro-organismos. 

Recomenda-se a ingestão de alimentos com probióticos, como leite fermentado, kefir e iogurte. Além disso, também é importante manter uma hidratação adequada e uma dieta rica em frutas, vegetais, legumes, fibras e grãos integrais.

Quer saber mais dicas de como cuidar da sua microbiota por intermédio de uma alimentação probiótica, com fermentação, entre em contato ou me acompanhe nas redes sociais para saber mais: @drpedrorenatoguazzelli


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