Fotos: Divulgação Por Cássio Eduardo Giroldo e Eric Sola da Silva
A gestão da qualidade é um conjunto de processos, técnicas e estratégias que visam garantir que os produtos e serviços de uma organização atendam às expectativas dos clientes e às normas vigentes. A gestão da qualidade envolve tanto a garantia da qualidade, que busca assegurar a conformidade dos produtos e serviços, quanto a melhoria da qualidade, que busca aperfeiçoar continuamente os processos e resultados.
A gestão da qualidade é fundamental para que o Brasil possa competir com o mercado internacional, pois traz diversos benefícios para as empresas e para o país, tais como:
• Aumento da produtividade e da eficiência: ao adotar práticas de gestão da qualidade, as empresas reduzem os custos, os desperdícios, os retrabalhos e os erros, otimizando os recursos e aumentando a capacidade produtiva.
• Aumento da competitividade e da inovação: ao adotar práticas de gestão da qualidade, as empresas se diferenciam dos concorrentes, oferecendo produtos e serviços de maior valor agregado, que atendem às necessidades e preferências dos clientes. Além disso, as empresas estimulam a criatividade e a busca por novas soluções, tecnologias e processos.
• Aumento da satisfação e da fidelização dos clientes: ao adotar práticas de gestão da qualidade, as empresas entregam produtos e serviços que superam as expectativas dos clientes, gerando confiança, credibilidade e lealdade. Isso resulta em maior participação de mercado e em maior lucratividade.
• Aumento da reputação e da imagem: ao adotar práticas de gestão da qualidade, as empresas demonstram responsabilidade social e ambiental, cumprindo as leis, os regulamentos e os padrões éticos. Isso melhora a percepção dos clientes, dos fornecedores, dos parceiros, dos investidores e da sociedade em geral sobre a empresa.
• Aumento das oportunidades de negócios: ao adotar práticas de gestão da qualidade, as empresas se habilitam a participar de mercados mais exigentes e diversificados, tanto no âmbito nacional quanto no internacional. Isso amplia o potencial de crescimento e de desenvolvimento das empresas.
Para implementar a gestão da qualidade nas empresas brasileiras, é preciso seguir alguns passos:
• Definir a missão, a visão, os valores, os objetivos e as metas da organização.
• Estabelecer os requisitos dos clientes e das partes interessadas.
• Identificar os processos críticos para a entrega dos produtos e serviços.
• Mapear os processos existentes e identificar os pontos fortes e fracos.
• Padronizar os processos conforme as normas técnicas aplicáveis.
• Treinar e capacitar os colaboradores para executar os processos com qualidade.
• Monitorar e medir os resultados dos processos por meio de indicadores de desempenho.
• Analisar os dados coletados e identificar as causas dos problemas e das oportunidades de melhoria.
• Implementar as ações corretivas e preventivas necessárias para eliminar ou reduzir os problemas e aproveitar as oportunidades.
• Avaliar a eficácia das ações implementadas e verificar se os objetivos foram alcançados.
• Revisar periodicamente os processos e buscar novas formas de melhorá-los.
Além disso, é importante que as empresas brasileiras busquem se integrar aos acordos comerciais que o Brasil tem firmado com outros países ou blocos econômicos. Esses acordos facilitam o acesso aos mercados estrangeiros, reduzindo as barreiras tarifárias ou não tarifárias ao comércio.
Alguns exemplos de acordos comerciais que o Brasil tem participado são:
• O Acordo de Livre Comércio do Mercosul com Singapura, que prevê a eliminação gradual das tarifas sobre 95% do comércio bilateral entre os países em um prazo de 15 anos.
• Os Acordos de Livre Comércio de Zonas Francas do Brasil com o Uruguai e com a Colômbia, que permitem que os produtos fabricados nas zonas francas brasileiras sejam exportados para esses países com isenção ou redução de impostos.
• O Acordo de Reconhecimento Mútuo de Homologações Veiculares entre o Brasil e a Argentina, que facilita o comércio de veículos entre os países, eliminando a necessidade de testes e certificações adicionais.
• O Protocolo sobre Regras Comerciais e Transparência entre Brasil e Estados Unidos, que estabelece normas para facilitar o comércio bilateral, como a simplificação dos procedimentos aduaneiros, a harmonização das normas técnicas e a cooperação regulatória.
Esses são alguns exemplos de como a gestão da qualidade coloca o Brasil para competir com o mercado internacional. No entanto, há ainda muitos desafios e oportunidades para que o país possa se inserir de forma mais efetiva e vantajosa na economia global. Para isso, é preciso que as empresas brasileiras invistam continuamente na qualidade dos seus produtos e serviços, buscando se adaptar às mudanças e às demandas dos clientes. Além disso, é preciso que o governo brasileiro apoie as empresas nacionais, negociando acordos comerciais favoráveis, reduzindo a burocracia, melhorando a infraestrutura e promovendo a educação e a inovação. Assim, o Brasil poderá se tornar um país mais competitivo, produtivo e desenvolvido.
AUTORES
Cássio Eduardo Giroldo
Químico Industrial, MBA em Engenharia de Produção, Lean Six Sigma Master Black Belt. Atua como Gerente de Operações na indústria de selantes e adesivos, Bestseal. Com 20 anos de atuação, tem sólida experiência em segmentos da indústria química, alimentícia e farmoquímica em empresas multinacionais como Cargill, Nissin Foods, Roquette, atuando nas áreas de Qualidade e Melhoria Contínua. Hoje faz um amplo trabalho nas áreas de desenvolvimento e certificações de processos e atua em conjunto com grupos de trabalho em associações e institutos de normas técnicas.
Eric Sola da Silva
Engenheiro Industrial, MBA e Lean Six Sigma Black Beltpela Pennsylvania State University Atua como Engenheiro Sênior de Vendas na Lenovo, EUA. Com 25 anos de experiência em diversas indústrias e tendo trabalhado para empresas multinacionais como Flextronics e DSV Panalpina, ele possui ampla experiência na implementação de projetos e modelos de melhoria contínua, como Manufatura Enxuta (Lean Manufacturing), Six Sigma e o Modelo Shingo. Atualmente, ele trabalha na divisão de Cloud Computing da Lenovo, na Carolina do Norte, EUA, implementando e aprimorando processos de vendas e Supply Chain.
