02/02/2015 às 09h11min - Atualizada em 02/02/2015 às 09h11min

Eduardo Cunha é eleito presidente da Câmara em primeiro turno

Fonte: G1 / Política - Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Fonte: G1 / Política - Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi eleito no último domingo (1º) presidente da Câmara em votação em primeiro turno. Com 267 votos recebidos, Cunha comandará a Casa por dois anos.

O posto de presidente da Câmara dos Deputados é estratégico para o governo federal por definir os projetos que irão ao plenário e ditar o ritmo de votações.

Na votação, Cunha derrotou outros três candidatos, incluindo o representante governista, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que recebeu 136 votos. O candidato do PSB, Júlio Delgado (MG), ficou em terceiro lugar, com 100 votos, e o do PSOL, Chico Alencar (RJ), em quarto, com oito votos. Dois deputados votaram em branco.

Após a vitória de Cunha ser anunciada, o novo presidente da Câmara disse que “o parlamento soube reagir no voto” à tentativa do governo de impedir a sua vitória. Ele afirmou, porém, que esse “é um episódio virado” e que ele e seus aliados não devem “fazer disso nenhum tipo de batalha.”

O peemedebista reforçou sua bandeira de campanha, de que garantirá “independência” ao Legislativo face ao Executivo. “A gente deixou muito claro que ia buscar altivez e independência do parlamento. Aqui é palco de exercer os grandes debates que a Casa precisa e vai fazer. Nunca, em nenhum momento, falamos que seríamos oposição. Não falamos também que seríamos submissos”, afirmou.

Com a eleição, Cunha se torna o segundo na linha de sucessão do presidente da República - assumirá o comando do Executivo na ausência de Dilma e do vice-presidente Michel Temer. Nos últimos dois anos, o ex-presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ocupou a Presidência da República em duas ocasiões.

A atribuição de selecionar os projetos e propostas de emenda à Constituição que serão apreciadas em plenário é exclusiva do presidente da Câmara, após consulta a líderes partidários. Por isso, o nível de entrosamento e alinhamento ideológico com o governo federal pode facilitar ou dificultar a aprovação de programas federais que exijam o aval do Congresso Nacional.

Como é o presidente da Casa que também dita o ritmo das votações – pode acelerar ou retardar as sessões –, medidas provisórias podem ser aprovadas com rapidez ou vir a “caducar” – perder a validade por demora na votação. Assim, a própria eficiência do governo federal depende fortemente da atuação do Congresso Nacional.

Eleitos
Além de Cunha, foram eleitos para compor a Mesa Diretora da Câmara:

- Waldir Maranhão (PP-MA): 1º vice-presidente
- Giacobo (PP-PR): 2º vice-presidente
- Beto Mansur (PRB-SP): 1º secretário
- Felipe Bornier (PSD-RJ): 2º secretário
- Mara Gabrilli (PSDB-SP): 3ª secretária
- Alex Canziani (PTB-PR): 4º secretário

- Mandetta (DEM-MS): 1° suplente
- Gilberto Nascimento (PSC-SP): 2º suplente
- Luiza Erundina (PSB-SP): 3ª suplente
- Ricardo Izar (PSD-SP): 4º suplente


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