31/03/2023 às 15h15min - Atualizada em 31/03/2023 às 15h16min

Vereadores pedem apoio ao Estado para o não fechamento de rotatória

Movimento de Diego Costa e Julio Mariano tem o objetivo de impedir o provável fechamento do trevo localizado no km 63,5 da Rodovia Raposo Tavares

- Foto: Carlos Mello
Da Redação: Ana Laura Gonzalez

Os vereadores Diego Costa e Julio Mariano vem pedindo apoio ao Governo do Estado de São Paulo a fim de impedir o provável fechamento do trevo localizado no km 63,5 da Rodovia Raposo Tavares, em São Roque, após as obras de duplicação. O local, além de ser utilizado como retorno, dá acesso ao bairro Vila São Rafael.

O movimento dos vereadores vem após matéria publicada recentemente pelo Jornal da Economia que ouviu a ARTESP - Agência Reguladora de Serviços Públicos de Transporte do Estado de São Paulo e informou à nossa reportagem que a pista será fechada no meio e não haverá condições de entrar nas Vilas São Rafael, Jardim Nova Brasília e Marmeleiro.

Diego Costa encaminhou Ofícios na última terça-feira (28) ao deputado Vitão do Cachorrão e ao governador Tarcísio de Freitas. O parlamentar ressaltou que se a rotatória for desativada, os moradores do entorno serão prejudicados. “Da São Rafael, entre ida e volta, dá aproximadamente oito quilômetros até o município de Mairinque, isso trará mais despesas aos motoristas e, além disso, gerará um impacto negativo na vida dos comerciantes da região, já que o movimento de carros será menor”, disse.

Julio Mariano, por sua vez, falou sobre o assunto em Sessão Ordinária e anunciou a realização de um abaixo-assinado que percorrerá toda a cidade com o objetivo de manter o trevo. “Isso tem sido uma preocupação constante, não só minha como também do prefeito Guto Issa. Falei sobre esse assunto com ele, que tem tido conversas com o secretário de Governo, Gilberto Kassab, no sentido de que nos apoiem para podermos impedir o fechamento dessa rotatória. Por mais que digam que manter a rotatória seja o indicativo de muito dinheiro gasto, nós sabemos que o Estado tem recursos para tal ação”, afirmou o vereador.

Anúncio da ARTESP

Motoristas que precisarem acessar os bairros Jardim Nova Brasília e Vila São Rafael terão que fazer o retorno em Mairinque, pois serão impossibilitados de cruzar a pista. A informação foi divulgada pela ARTESP (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) após questionamento do Jornal da Economia em relação ao projeto que segue em andamento na região.

“Informamos que com a duplicação no trecho, os acessos aos bairros deverão ser mantidos, mesmo com a implantação de uma barreira rígida no canteiro central da rodovia. O que não será mais possível é a travessia em nível da rodovia de um lado para o outro, para garantir a segurança viária”, afirmou a agência, ressaltando que para isso, o usuário terá a opção de utilizar os dispositivos de entroncamentos já existentes - no km 65+250 e no km 66+300 - e os futuros a serem implantados que estão em fase de estudos, como é o caso de possíveis dispositivos no km 58+800 e no km 67+500.

No ano passado, quando foi anunciado que as obras de duplicação começariam em outubro, o JE questionou a CCR ViaOeste sobre o futuro da rotatória do km 63. Na ocasião, a concessionária que administra a rodovia explicou que os serviços de duplicação seriam executados chegando até o km correspondente e que a rotatória seria mantida e inalterada.

Já sobre a possibilidade de um projeto de acessos para moradores dos bairros Vila Nova, Vila São Rafael e Jardim Nova Brasília, e a construção de um viaduto no trecho, a ViaOeste – que durante uma audiência pública realizada anteriormente na Brasital anunciou que nesta região seria feita uma grande obra – destacou em setembro de 2022 que “os acessos dos bairros se manteriam inalterados” e que “não seria construído viaduto”.

Audiência pública

Nesta audiência pública realizada em 2018 para discutir sobre impactos e soluções para a duplicação da Rodovia Raposo Tavares, participaram autoridades políticas da cidade e região, moradores, ARTESP, representantes do Governo do Estado de São Paulo e concessionária CCR ViaOeste onde diversos assuntos foram discutidos, dentre eles sobre importantes investimentos nas proximidades da rotatória do km 63.

O JE acompanhou a reunião naquela oportunidade, colheu uma série de depoimentos e questionou a concessionária e a ARTESP sobre o futuro da Raposo Tavares na região.

No entanto, mais recentemente e para a surpresa da nossa reportagem, nas proximidades do km 63 foi instalada uma placa de “Fim das Obras” antes da rotatória, ou seja, o trecho não deve ter melhorias, mesmo após o começo da duplicação.

Na época, nossa redação pediu à Prefeitura da Estância Turística de São Roque uma avaliação da situação e a administração garantiu que o projeto enviado da concessionária ao Executivo previa alterações no trecho informado visando garantir mais segurança aos motoristas.

JE questiona ex-prefeitos

Questionamos também o ex-prefeito Claudio Góes que esteve presente na audiência pública em 2018 quando era o gestor do município. “Realizei diversos contatos com a ARTESP e com a concessionária e pedimos uma atenção especial na duplicação para que nenhum bairro ficasse ilhado como ocorreu anteriormente em Mairinque. Pedimos também uma atenção especial nessa rotatória, por ali passa um grande fluxo de veículos e tem as entradas dos bairros, é preciso que isso seja revisado”.

O ex-prefeito Efaneu Nolasco Godinho, também se manifestou sobre a duplicação da Raposo Tavares. “Com a mudança do governador, espero que seja o Tarcísio, iremos retomar as discussões sobre as melhorias que a região precisa em relação a esse trecho da Raposo Tavares e outras soluções. O projeto da duplicação precisa ser mais humanizado, atendendo a toda população da região. É um projeto de 30 anos atrás e que precisa ser atualizado, muita coisa mudou nesses anos”.

Solicitação de melhorias

Durante evento de inauguração realizado em Mairinque no ano passado, o Jornal da Economia comentou sobre a situação com o então governador Rodrigo Garcia, que falou que caberiam aos políticos locais entrarem em contato com a ARTESP para melhorias na duplicação, já que o serviço está apenas começando e ainda dá tempo de alterações no projeto.


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