O ministro da Fazenda, Fernando Haddad declarou em Davos que a reforma tributária deve ser votada em duas etapas: a primeira, que deve ocorrer ainda nesse semestre, com foco no consumo, já a segunda fase, será voltada para a renda.
De acordo com o advogado e contabilista, Luis Carlos dos Santos, diretor de Tax da Mazars, os melhores momentos para a realização de reformas amplas como a tributária e a administrativa são os dois primeiros anos de governo, períodos em que não há tanto desgaste. “O governo precisa acelerar esse processo para conseguir atrair investimentos. O tema sempre entra em pauta no período eleitoral, mas, infelizmente nunca avança, porém, agora estamos em um nível que, se a reforma não for implementada, a situação ficará complicada.”
Em relação às possíveis soluções para a questão tributária, o diretor da Mazars aponta que deve ser uma reforma ampla. “Efetivamente é preciso que desonere a folha de pagamentos, para então estimular a geração de empregos. Outro ponto de extrema importância é a simplificação das obrigações acessórias. Atualmente, são muitas informações repetitivas, o que chamamos de Custo Brasil, ou seja, as empresas têm um alto custo só para cumprir as obrigações acessórias”.