Celebrado em 26 de abril, o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Hipertensão Arterial visa alertar a população sobre os perigos causados pela doença. De acordo com dados divulgados pelas Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2021, aproximadamente 1,26 bilhão de pessoas são hipertensas e cerca de 10 milhões de pessoas morrem de complicações da hipertensão arterial todos os anos. No Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 30% da população sofre de pressão alta, somando cerca de 38 milhões de brasileiros.
Segundo o coordenador do Centro de Nefrologia e Diálise (CND) do Hospital Unimed Sorocaba, Dr. Carlos Caniello, a hipertensão arterial é considerada uma doença silenciosa. “Na maioria das vezes a hipertensão arterial não tem uma única causa e também não apresenta sintomas. Sabemos que é uma doença que tem característica hereditária e que aumenta sua incidência com a idade, o ganho de peso, excesso da ingestão de sal, sedentarismo, entre outros fatores. Uma vez confirmada a hipertensão, o paciente deve fazer um acompanhamento continuado com seu médico para que não venha a ter complicações, pois a evolução é quase sempre silenciosa, sem sintomas evidentes”, explica o médico.
Dr. Caniello destaca ainda que se não for tratada essa doença pode causar lesões nos chamados órgãos alvo. “A hipertensão pode causar lesões no coração ocasionando insuficiência coronariana, angina e infarto; no cérebro podendo causar Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, e nos rins, podendo levar à insuficiência renal e doença renal crônica. Essa doença acomete também os vasos e artérias do organismo como um todo”, completa.
De acordo com o médico, a pressão arterial pode ser medida em milímetros ou centímetros de mercúrio. “Os valores ideais são aqueles de 120 por 80 mm de mercúrio ou 12 por 8 cm de mercúrio. Quando ela está persistentemente maior que 140 por 90 ou 14 por 9, ela é considerada alta e aí requer acompanhamento médico”, esclarece.
A partir da confirmação do diagnóstico, o primeiro passo é fazer uma mudança de hábito. “Para auxiliar no controle da hipertensão arterial é necessário que o paciente faça algumas mudanças em sua rotina, como uma dieta equilibrada, a redução da quantidade de sal nos alimentos, a prática de atividades físicas, a correção da obesidade, além de evitar o tabagismo, o consumo de bebidas alcoólicas e o estresse. Mas, às vezes, somente a mudança de hábito não é suficiente para controlar a hipertensão e neste caso o médico deverá orientar o uso de medicamentos que serão prescritos de acordo com as particularidades de cada paciente”, conclui Dr. Caniello.
Outras informações no site: www.unimedsorocaba.coop.br.