Após o lançamento do programa Brasil pra Elas, o Ministério da Economia designou recentemente o Comitê de Empreendedorismo Feminino, do qual a Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net) fará parte. A camara-e.net será representada por Renata Carvalho, que é a coordenadora do Ciclo MPE -- iniciativa que capacita empreendedores digitais da entidade.
Dentre outras iniciativas, o objetivo do programa Brasil pra Elas, e do Comitê será capacitar por meio da educação com foco nas necessidades das empreendedoras, disseminação de redes de apoio ao empreendedorismo feminino, e fortalecimento do ecossistema de empreendedorismo inovador e de impacto socioambiental. “Para a camara-e.net é muito positivo estar presente neste comitê, dessa forma, vamos ajudar a propor, monitorar, avaliar e articular iniciativas de fomento ao empreendedorismo feminino com os demais participantes e ajudar a implementar o Brasil pra Elas”, afirma Renata Carvalho, que também é empreendedora e há quatro anos vem incentivando o empreendedorismo feminino através da comunidade She´s the Boss, promovendo o acolhimento, apoio mútuo e desenvolvimento pessoal e profissional da mulher empreendedora no ecossistema de inovação e empreendedorismo brasileiro.
Para Renata, como as mulheres representam importante parcela do empreendedorismo, sejam elas pequenas produtoras locais, profissionais individuais ou por meio de startups, todas as ações serão benéficas tanto para a economia, como a sociedade. “A inserção das mulheres nos negócios faz com que suas perspectivas se tornem mais diversas, inclusivas e inovadas. Ou seja, o empreendedorismo feminino é importante não só para aquelas que decidem criar um negócio. Ele ajuda a transformar as empresas e a realidade de diversas pessoas ao seu redor a partir do olhar colaborativo e cooperativo da mulher”.
Outro ponto importante apresentado pela executiva é a independência financeira da mulher através do empreendedorismo que também ajuda a interromper ciclos de violência doméstica. "Mulheres empreendedoras buscam construir uma história de protagonismo e realização pessoal por meio de seus negócios e com seu próprio dinheiro investem em sua própria educação e na de seus filhos, o que promove avanço de toda a sociedade”.
Mulheres na economia digital
Muitas mulheres iniciam seus negócios utilizando a internet, principalmente através do e-commerce, pois conseguem a liberdade necessária para conciliar maternidade e carreira. Grande parte começa no e-commerce com a venda de produtos de beleza e moda. Já no mercado de inovação e tecnologia, a participação feminina ainda é pouco representativa, apenas 4,7% das startups são fundadas por mulheres no Brasil, de acordo com o estudo “Female Founders Report 2021”, elaborado pela empresa de inovação Distrito em parceria com a Endeavor, rede global de empreendedorismo, e a B2Mamy.
"O cenário ainda precisa de incentivo para melhorar a igualdade de gênero no setor da tecnologia, pois o mercado ainda é hostil para mulheres. Um dos principais desafios do púbico feminino que empreende na área de tecnologia e inovação, envolve a jornada tripla de trabalho, conciliar as obrigações familiares com as decisões de negócios em uma área dominada por homens. Acredito que o caminho para diminuir essa desigualdade é justamente promover um ambiente de acolhimento e incentivo para que estas mulheres se sintam amparadas e motivadas a prosseguir", finaliza Renata.
Sobre a camara-e.net -- Fundada em 2001, a camara-e.net é a principal entidade brasileira multissetorial da América Latina e de maior representatividade da economia digital no País, formando consenso no setor perante os principais agentes públicos e privados, nacionais e internacionais, e promovendo o desenvolvimento dos negócios online no Brasil. Em seu quadro de associados, a camara-e.net conta com os mais importantes players do comércio eletrônico, entre eles empresas de infraestrutura, mídias sociais, chaves públicas, meios de pagamento, seguros e e-banking.