14/02/2022 às 22h26min - Atualizada em 14/02/2022 às 22h26min

Consultoria em negócios internacionais revela cinco dicas para quem quer atuar no mercado externo

De acordo com a Consultoria AR Konsili, momento é favorável para abrir as fronteiras em diferentes frentes de negócios, mas é necessário estar preparado para os desafios

Adriane Rössler - Foto Jackson Yonegura

As exportações brasileiras têm apresentado um grande aumento de volume nos últimos anos, mesmo durante a pandemia, em grande parte por conta do câmbio favorável que torna os preços dos produtos nacionais mais atraentes no exterior. Mas internacionalizar um negócio vai muito além de colocar um produto na caixa e despachar para outro país. Há uma série de burocracias a serem cumpridas, legislações específicas para se seguir em cada localidade, além dos trâmites legais aqui mesmo no Brasil.

"Para um leigo isso pode parecer tão complexo, a ponto de levar o empresário a desistir da busca pelo comércio exterior”, lamenta Adriane Rössler, fundadora da consultoria internacional AR Konsili. Tentar fazer tudo sozinho pode mesmo ser um erro. Há uma série de procedimentos em cada processo e uma ordem para se fazer as coisas, caso contrário o desgaste pode ser muito grande, de tempo e dinheiro.”

A consultora, que tem sua empresa com atendimento na Alemanha e no Brasil, auxilia principalmente empresas brasileiras que buscam se estabelecer no mercado europeu, e destaca cinco pontos que cada empresário deve avaliar na hora de expandir mercado para além da sua fronteira.

1) FLUXO DE CAIXA, a saúde financeira da empresa. A expansão internacional demanda recursos. Há questões jurídicas, tributárias e operacionais a serem levadas em conta. E tudo tem seu custo. É preciso, de saída, levantar o quanto se vai gastar, quanto a empresa tem disponível para investir e se fazer um empréstimo pode ser uma opção.

2) RADAR, que é o Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros e é o primeiro passo para quem deseja comprar ou vender do exterior. O documento é emitido pela Receita Federal e sem ele não é possível operar fora do Brasil. Existem diferentes modalidades dessa habilitação, dependendo do tipo de operação. A forma mais comum para MPEs é a chamada “Habilitação Simplificada”. 

3) ANÁLISE, ou seja, estudo do mercado alvo, da cultura e do consumo. Neste estudo é fundamental um olhar analítico e estratégico. Será que o produto da forma atual no Brasil agrada ao gosto lá fora? Quem são os concorrentes, quem são os clientes? O mercado sustenta mais um vendedor? Qual o preço a ser exercido lá fora e qual é o mark-up do seu segmento? Um estudo de mercado precisa trazer as respostas para todas estas perguntas.

4) JURÍDICO E TRIBUTÁRIO, aqui entram os advogados, contadores e consultores. É o conhecimento básico jurídico e tributário e, se você não tem, contrate alguém que tenha. Isto não é custo, é investimento. É preciso ver questões de propriedade intelectual, de marcas, verificar possíveis proibições e embargos especiais em que são exigidas certificações.

5) ESTRUTURA INTERNA, organização é tudo para poder fazer todas as operações internacionais. É fundamental ter uma estrutura interna estabelecida, pessoas designadas para cuidar dos clientes internacionais e que falem outras línguas (inglês ao menos). Um sistema de CRM para acompanhar o crescimento lá fora ajuda bastante a avaliar sua evolução periodicamente. Também é indicado um sistema financeiro para a emissão de Invoice para a exportação, de acordo com a legislação.

“Essa burocracia pode assustar um pouco o empresário candidato a uma atuação multinacional. O melhor caminho é buscar ajuda com quem pode tornar essa jornada mais breve e suave/leve”, ressalta Adriane. “Isso é o que fazemos aqui na AR Konsili. Conduzimos boa parte do processo para o cliente que quer vender ou se estabelecer fora do Brasil. E, em alguns segmentos que não atuamos diretamente, como jurídico e fiscal, temos profissionais parceiros de confiança para indicar”.

A AR Konsili está estabelecida em Passau, perto de Munique, na Alemanha, e tem representante no Brasil. “A Alemanha é o coração econômico da Europa, e é porta de entrada para esse mercado tão almejado. É um ótimo lugar para iniciar as operações comerciais de uma empresa no continente. A barreira do idioma pode assustar, mas essa é uma dificuldade que ajudamos a enfrentar com a nossa consultoria”, concluí a empresária.


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