31/10/2014 às 09h17min - Atualizada em 31/10/2014 às 09h17min

Mulher acusa médico da Santa Casa de São Roque de humilhar filha doente

Da Redação: Rafael Barbosa - Fotos: Rafael Barbosa
Da Redação: Rafael Barbosa - Fotos: Rafael Barbosa

Uma cidadã acusa um dos médicos da Santa Casa de Misericórdia de humilhar sua filha, durante uma consulta realizada, na quarta-feira, dia 29, na instituição. Edna Florinda Miranda afirma que deixou seu trabalho mais cedo para levar sua filha Sabrina, de 17 anos, ao hospital após a mesma passar mal.

Ao chegar à instituição, as duas teriam esperado duas horas para serem atendidas pelo Dr. Fernando Cicalese. “Fiquei lá esperando socorrerem minha filha, mas nada do médico ajudar e a menina lá, passando mal sentada na cadeira”, afirma Edna. Quando foram atendidas, a mãe disse que o médico apenas teria olhado para a menina e em seguida transcrito um pedido de exame de urina. Ao questionar o profissional se ele não iria examinar a menor, o mesmo teria dito que a mesma não tinha nada, o que indignou a mulher.

“Eu não sai do trabalho para ir passear na Santa casa. Eu vim socorrer minha filha e agora o senhor nem ao menos a examina”, afirmou a mãe ao médico. Com o ocorrido a garota deixou o hospital e voltou para casa, enquanto a mãe que também estava revoltada com a atitude do profissional procurou a administração da instituição. Edna afirma que após conversar com os administradores, os mesmos teriam dito que ela trouxesse a menina novamente, pois a mesma seria bem atendida, porém a mulher afirma que Sabrina não quer voltar ao local. “Minha filha não quer ir mais (ao hospital) porque ela foi humilhada na Santa Casa”, diz.

O Jornal da Economia procurou a Santa Casa para que a mesma pudesse se pronunciar sobre o caso. Segundo a enfermeira chefe da instituição, Daniele Cavalcante, o ocorrido aconteceu de maneira diferente do narrado por Edna. A profissional de enfermagem afirma que a paciente não aguardou muito tempo para ser atendida e que quando esta passou pela consulta, o Dr. Fernando Cicalese requisitou um exame de urina, com a suspeita que a garota estivesse com alguma infecção urinária. Ao ser informada que o exame demoraria duas horas para ficar pronto, a mãe não teria gostado, acusando o médico de nem ao menos examinar a menina.

Daniele diz que Edna estava completamente transtornada e que ela e a filha gritavam com os funcionários e com o médico, se recusando a ouvir a explicação dos profissionais sobre o ocorrido. “Ela foi falar com a administração, que veio para ver o que acontecia. Nós conversamos com o médico e com ela, mas mesmo assim ela não quis receber atendimento. Ela falava que iria fazer um barraco e chamar a TV TEM, os Bombeiros e que nós deveríamos chamar uma ambulância para ir buscar novamente sua filha em casa”. Daniele também afirma que falou que o hospital não poderia buscar sua filha, mas que a mesma poderia ser atendida por outro médico se assim quisesse, porém a mulher não voltou à instituição.

Daniele também apresentou um prontuário rasgado, afirmando que a filha de Edna o teria rasgado e jogado na cara do médico. Quando abordado sobre o assunto, o Dr. Fernando Cicalese afirmou que atendeu a paciente normalmente e que pediu o exame como um procedimento clínico normal, mas que a menina explodiu ao ouvir uma simples frase. “Eu disse que estava pedindo o exame porque ela poderia ter uma infecção ou poderia não ter nada. A palavra nada foi o estopim”.

Ao falar com Edna sobre o ocorrido, a mesma afirma que a filha ainda não quer voltar a instituição e que por isto pretende procurar uma clínica particular para o atendimento da garota. A mãe também nega que ela ou a filha teriam rasgado qualquer documentação do hospital e afirmou que não pretende prestar uma reclamação por escrito a Santa Casa.


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