A dançarina de Sorocaba, Talita Carriel, teve suas fotos usadas por um golpista que atraia homens para sexo virtual e depois tentava extorqui-los através das redes socais. O marginal atraia as vítimas para uma conversa se passando pela mulher, através de um perfil fake de nome “Amanda” onde usava fotos da conta verdadeira da dançarina.
Durante as conversas o criminoso fazia sexo virtual com os homens e usava fotos eróticas aleatórias da web e em ângulos que não mostravam o rosto da pessoa, dando a entender que eram de Talita. Depois do sexo virtual o golpista extorquia os homens ao ameaçar divulgadas nas redes e para as esposas o que tinham feito.
Talita descobriu que havia sido envolvida no golpe da pior forma possível. Ela chegou a ser abordada na rua e questionada sobre supostos programas, mas somente descobriu o caso quando uma das esposas dos homens que tinham caído o golpe a encontrou na rua e a ameaçou para que ela parasse de enviar fotos nuas ao marido.
Ela então conseguiu entrar em contato uma das vítimas da armação e o caso veio à tona. Com medo de um possível ataque, ela registrou um boletim de ocorrência sobre o caso. "Mensagens, recebi inúmeras. Nos bares e baladas, muitas pessoas me chamavam de 'Amanda' e ficavam cochichando. Um certo tempo depois eu tive minha filha e morria de medo que acontecesse algo comigo. A gente não sabe o que passa na cabeça das pessoas", afirma.
O golpista foi posteriormente localizado pelas autoridades, sendo condenado a pagar a multa de R$ 15 mil na instância cível, além de ser também condenado por falsa identidade na instância criminal. Talita descobriu depois que conhecia o criminoso, com quem teve contato quando trabalhou em duas gravações para baladas, em 2014.
Porém, mesmo com o caso resolvido, Talita diz que todo o episódio acabou manchando sua imagem. "Nunca imaginei passar por isso. Fiquei em choque de saber a gravidade da situação. Usar minha imagem para extorquir as pessoas e ele acabou com casamentos. Um homem teve que fazer tratamento com psicólogo, até tentei entrar em contato com ele para explicar, mas ele vinculou minha imagem e nem me deu chance de conversar. Me bloqueou", diz a dançarina, que teve suas fotos usadas no golpe entre 2014 e 2016.
