Uma equipe do campus de Sorocaba do Instituto Federal de São Paulo está desenvolvendo em parceria com a escola politécnica da Universidade de São Paulo um respirador de baixo custo, que possa ajudar no enfrentamento ao coronavírus. O produto é o resultado de mais de quatro meses de pesquisa, entre a criação do primeiro protótipo e a versão atualizada do produto.
Um dos diferenciais do aparelho criado pelos estudantes é o fato de que o ventilador não necessita de cilindros de oxigênio, fazendo com que o produto também possa ser utilizado fora do ambiente hospitalar.
Enquanto os alunos da USP desenvolveram o respirador, aos estudantes do instituto ficou a tarefa de desenvolver a programação do equipamento, um trabalho essencial para que o produto possa transmitir informações de forma segura e ser operado com facilidade. “Pelo o que a gente aprendeu durante esse projeto é que o médico precisa das informações na tela na forma gráfica. Então, a interface gráfica é fundamental”, conta o coordenador de pesquisa Sérgio Shimura.
O ventilador mecânico já passou por vários testes e agora precisa da liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, para a produção em grande escala. O ventilador vai custar entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, e a cada duas horas um aparelho vai ser fabricado pelo Centro de Tecnologia da Marinha em São Paulo.
De acordo com o diretor do campus sorocabano, essa é a primeira vez que o instituto colabora com esse tipo de pesquisa. Cerca de 10 aparelhos já estão sendo utilizados em pacientes com Covid-19 pelo Incor de São Paulo e a ideia agora é trazer o equipamento também para hospitais de Sorocaba.
“O objetivo é o atendimento das entidades filantrópicas. Em Sorocaba, por exemplo, temos a Santa Casa. A ideia é que a gente possa também trazer respiradores para a cidade para atender a demanda”, conta Denilson Mirin, diretor geral IFSP de Sorocaba.