08/07/2020 às 17h38min - Atualizada em 08/07/2020 às 17h38min

Facebook remove rede de contas falsas relacionada ao PSL e a gabinetes da família Bolsonaro

As páginas no Facebook eram seguida por 883 mil pessoas

- Fotos: Divulgação

O Facebook  removeu uma rede de contas e páginas da rede social  e do Instagram ligadas ao Partido Social Liberal (PSL) e a gabinetes da família Bolsonaro que estavam envolvidas com comportamento inautêntico no Brasil. Ao todo foram apagadas 35 contas, 14 Páginas e 1 Grupo no Facebook, além de 38 contas no Instagram.

Apesar dos responsáveis tentarem ocultar suas identidades, as investigações da rede social encontraram ligações de pessoas associadas ao PSL e os funcionários dos gabinetes do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos -RJ), do presidente Jair Bolsonaro, e também de Anderson Moraes e Alana Passos, ambos deputados estaduais pelo PSL no Rio de Janeiro.

Alguns dos conteúdos publicados por essa rede foram removidos automaticamente pelo Facebook por terem violado a política interna da rede social, como propagação ed discurso de ódio.

O Facebook informou que o grupo usava uma combinação de contas duplicadas e contas falsas para evitar a aplicação de políticas da plataforma. As contas removidas não foram divulgadas, mas, na imagem usada como exemplo dos conteúdos divulgados, é possível ver as páginas "Jogo Político" e "Bolsonaro News" no Facebook.

As contas foram descobertas pelo Facebook através de notícias da imprensa e por referências durante audiência no Congresso brasileiro.

Ao todo as páginas no Facebook eram seguida por 883 mil pessoas enquanto 917 mil pessoas seguiam contas do grupo no Instagram, sendo que cerca de US$ 1,5 mil foram pagos em anúncios por essas páginas, pagos em real.

Segundo a empresa, os conteúdos publicados eram sobre notícias e eventos locais, incluindo política e eleições, memes políticos, críticas à oposição, organizações de mídia e jornalistas, e também sobre a pandemia de coronavírus. "A atividade incluiu a criação de pessoas fictícias fingindo ser repórteres, publicação de conteúdo e gerenciamento de Páginas fingindo ser veículos de notícias", disse o Facebook em comunicado.

 

 


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