25/06/2020 às 15h21min - Atualizada em 25/06/2020 às 15h32min

Tribunal de Justiça do RJ atende Flávio Bolsonaro e caso das 'rachadinhas' vai para 2ª instância

Caso decidam por levar processo ao Órgão Especial, desembargadores podem anular atos tomados até agora na 1ª instância e, desta forma, possibilitar saída de Queiroz da cadeia

- Foto: Jane de Araújo / Agência Senado
Fonte: Portal G1

A 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do RJ decidiu na tarde desta quinta-feira (25), por 2 votos a 1, acatar o pedido de habeas corpus da defesa do senador Flávio Bolsonaro. Com a decisão, o processo sobre as “rachadinhas” sai da primeira instância e será analisado pelo Órgão Especial, na 2ª instância.

Os desembargadores da 3ª Câmara resolveram, também por 2 votos a 1, pela validade das decisões do juiz Flávio Itabaiana até o momento no processo. As desembargadoras Suimei Cavalieri e Mônica Toledo concordaram em dar prosseguimento aos atos, e Rangel foi contra.

De acordo com informações do Portal G1, isso constitui a manutenção da prisão de Fabrício Queiroz, assim como, o mandado de prisão contra a sua mulher, Márcia Oliveira de Aguiar, que até o momento segue foragida. Os dois são suspeitos de participação no esquema das “rachadinhas” no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro.

Ainda que a validade seja mantida, o Órgão Especial do TJ, que vai assumir o caso, pode rever as decisões.

Votos dos desembargadores:

Relatora e desembargadora Suimei Cavalieri: votou contra o habeas corpus, e a favor da validade das decisões de Itabaiana; desembargadora Mônica Toledo: votou a favor do habeas corpus e a favor da validade das decisões; Paulo Rangel: votou a favor do habeas corpus e a contra da validade das decisões.

Pedidos da defesa

Os defensores do político questionavam a capacidade de Itabaiana para conduzir o processo que envolve Flávio Bolsonaro no esquema das chamadas “rachadinhas”, quando um parlamentar fica com parte dos salários dos empregados de seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

O senador, filho do presidente Jair Bolsonaro, é apontado como chefe de uma organização criminosa pelo Ministério Público estadual.

Quem defende Flávio Bolsonaro avalia que o Órgão Especial do TJ, composto pelos desembargadores mais antigos do tribunal, tem competência para julgar o caso já que o senador era deputado estadual na época em que tudo teria acontecido.

Já os investigadores do caso, ainda segundo o Portal G1, se apoiavam em jurisprudência criada em tribunais superiores de que o foro encerra quando o mandato termina, de modo que o caso poderia continuar com o juiz Itabaiana.


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