Representantes do Hospital São Francisco e Prefeitura devem se reunir na segunda

Representantes do Hospital São Francisco e Prefeitura de São Roque devem se reunir na segunda-feira (30) para tratar sobre a requisição dos equipamentos realizada pelo governo são-roquense na tarde de sábado (28). Segundo informações do governo municipal, após a requisição, o corpo jurídico de ambos os lados dialogaram e marcaram uma reunião para tentar resolver a situação.

Em nota emitida sobre o caso, a direção do hospital afirma que o local foi invadido por funcionários da prefeitura e que diversos equipamentos foram retirados do complexo sem o devido amparo técnico. Confira a nota na integra.

“A equipe do Hospital São Francisco, Unidade São Roque, comunica a população de São Roque e região que está consternada com a atitude da prefeitura.

Na tarde de sábado, 28/03/2020 tivemos nossa unidade invadida pela Guarda Municipal e representantes do Departamento de Saúde do Município.

Fizeram apropriação indevida dos equipamentos e insumos médicos que seriam utilizados durante o atendimento dos nossos pacientes.

A unidade tinha previsão de inauguração de Pronto Atendimento de Urgência e Emergência 24 horas a partir do dia 01/04/2020.

Observamos que nossos equipamentos de UTI e Centro Cirúrgico, insumos e móveis hospitalares foram transportados de forma inadequada.

Lembramos que sempre buscamos diálogo com o poder público a fim de prestar atendimento a toda a população durante a pandemia do Covid19”.

O hospital também realizou uma coletiva de imprensa para falar sobre o caso. Confira abaixo a coletiva (com imagens da Radio Coluna FM).

Prefeitura se defende

Em coletiva realizada na Santa Casa, o Prefeito Cláudio Góes afirmou que, após negociações infrutíferas com a diretoria do São Francisco, a prefeitura achou por bem neste primeiro momento realizar a requisição de alguns equipamentos do hospital, como respiradores. De acordo com o governante, a medida é amparada pelos dispostos no Decreto nº 9228, de 27/03/2020, que declarou estado de calamidade no município.

Claudio Góes afirmou que, embora o hospital já estivesse inaugurado e com as permissões para funcionar, ele não estava em operação plena e que a prefeitura já vinha em negociações com a direção do São Francisco para que suas instalações fossem utilizadas no tratamento de pacientes do coronavírus. Entretanto as negociações não prosperaram por questões financeiras.

“Percebemos que (as negociações) não estavam avançando a partir de um ponto. Então, diante das necessidades que estamos acompanhando, sobre a possibilidade futura da utilização (dos equipamentos), achamos por bem, em um primeiro momento, realizar a requisição somente dos equipamentos. Foram realizados estudos, conversas e chegamos neste ponto de atitude, de requisitar os equipamentos para instalação na Santa Casa”, completou o prefeito.