13/12/2019 às 11h22min - Atualizada em 13/12/2019 às 11h22min

Camara-e.net participa de debate sobre políticas públicas para startups e empreendedorismo

Com a finalidade de prover a regulamentação segura ao setor, a entidade se reuniu com parlamentares e representantes do setor na residência do Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara dos Deputados

Assessoria de Imprensa
divulgação/internet

O ambiente de startups no Brasil não para de crescer, mas falta aos empreendedores uma regulação que dê segurança e garanta que o país ocupe o lugar ao sol que ele merece. Endereçando o problema, parlamentares, empreendedores, representantes do setor privado e da sociedade civil se reuniram nesta quarta-feira (11) na residência do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), para discutir a construção de um Marco Legal das Startups.
 

A reunião é fruto de uma forte mobilização da Frente Parlamentar da Economia e Cidadania Digital, que vem trabalhando na construção do Marco Legal das Startups e na articulação dos setores interessados. O trabalho da Frente Parlamentar envolve a instalação de uma comissão especial dedicada ao tema no Congresso Nacional.
 

"Aqui sou um estudante aprendendo", disse Maia após apresentação de André Barrence, diretor do Google for Startups, sobre o ecossistema de startups no Brasil. "A gente tem muito a construir em conjunto. Com o trabalho conduzido pela Frente e agora com a Comissão, a gente pretende dar seriedade para que no começo do ano a gente possa ter isso em discussão no plenário", afirmou o presidente da Câmara.
 

O deputado federal JHC (PSB-AL), presidente da Frente Parlamentar da Economia e Cidadania Digital, ressaltou o trabalho da Dínamo, entidade que congrega diferentes setores da sociedade, e da importância de muitos estarem ali presentes no encontro. Dentre eles, Leonardo Palhares (camara-e.net), João Sabino (Instituto Cidadania Digital), além de Mercado Livre, iFood, Google, Facebook e Grow.
 

"Como eu sempre digo: Quer ir rápido, vá sozinho; quer ir longe, vamos juntos", afirmou o deputado federal e membro da Frente Parlamentar, Vinicius Poit (Novo-SP).
 

Ecossistema de startups
 

"A mesa está ficando cada vez menor para tanta gente e isso é prova de que o ecossistema está crescendo". André Barrence, diretor do Google for Startups, iniciou sua apresentação definindo o ecossistema de startups como aquele que reúne poder público, universidades, investidores, empresas, empreendedores, organizações de apoio e provedores de serviço. "Não basta ter só o empreendedor, o fundo de investimento, ou só o governo. Tem que ser todo mundo junto."
 

Segundo levantamento da ABStartups (Associação Brasileira de Startups), o Brasil conta hoje com mais de 12 mil startups, sendo a maioria (63%) composta por até cinco pessoas, e quase metade (46%) tem menos de dois anos de existência. São empreendedores que demandam investimento e orientação para melhor definir produto, mercado e modelo de negócio para ganharem alcance e sustentabilidade.
 

É o caso da Trakto, startup de Maceió liderada pelo empreendedor Paulo Tenório, acelerada pelo programa do Google for Startups em São Paulo e que, desde então, tem tido crescimento significativo no negócio, gerando impacto na comunidade e atuando como uma referência para os empreendedores da região.

"O investimento de capital de risco (venture capital) vem crescendo ano a ano. Na América Latina, em 2018 o Brasil representou sozinho 70% de todo o volume investido na região. Não somos um Vale do Silício, nem precisamos ser, mas temos um lugar importante para ocupar ao Sol aqui", afirmou Barrence.

Por fim, o presidente da Câmara dos Deputados reforçou seu compromisso com a construção do Marco Legal das Startups e comentou sobre o papel do parlamento na evolução desse ecossistema no país. "O setor se desenvolve muito rápido, uma realidade de hoje pode estar velha em seis meses. O desafio do parlamento é esse: não interferir, mas dar condições para avançar."


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