Julio Mariano publica resposta em rede social sobre a situação da Santa Casa

Um dos administradores da Santa Casa da Misericórdia em São Roque, Julio Mariano, publicou uma nota em resposta a atual situação do hospital, em sua página no Facebook. Confira a nota na integra.

A Santa Casa de São Roque é uma entidade Filantrópica sem fins lucrativos que atende os pacientes de Planos de Saúde, os pacientes Particulares e os oriundos do Sistema Único de Saúde o SUS. A Prefeitura de São Roque tem a obrigação de disponibilizar na Saúde, Unidades Básicas de Saúde, que são os Postos de Saúde; um local para os atendimentos de Urgência e Emergência; um local para internação; realização de Partos; Cirurgias e Exames de Apoio, inclusive dos Municípios referenciados, que são Alumínio, Mairinque e Araçariguama, dentro da média complexidade. Para cumprir suas obrigações, a Prefeitura de São Roque contratou a Santa Casa junto ao Ministério da Saúde para realizar os Partos, Cirurgias, Internações e Exames de Apoio. Se não tivesse Santa Casa em São Roque, poderia referenciar estes serviços para outra cidade, como fazem nossos vizinhos. Todo mês, o Ministério acompanha a produção realizada pelo Hospital e envia este dinheiro para os cofres do município. O Pronto Atendimento SUS é uma obrigação do município e a Prefeitura tem que ter um local prestando os serviços de Urgência e Emergência. Poderia até não ser na Santa Casa, mas a Prefeitura optou por contratar este serviço da Santa Casa onde foi feito um levantamento de custo e atualmente a SC está recebendo R$600.000,00 para realizar este serviço. Lembrando que se não ficasse na SC a prefeitura teria que gastar este dinheiro em outro local e provavelmente o custo seria maior, pois, de saída pode-se dizer que não é incluído no cálculo a despesa com aluguel do prédio. A prefeitura repassa para a SC, mensalmente, R$ 600.000,00 para tocar o Pronto Atendimento e mais R$ 600.000,00 para o hospital realizar as Cirurgias, Partos, Internações e Exames de Apoio. Para as Cirurgias, Partos, Internações e Exames de Apoio, o Ministério da Saúde repassa atualmente para a Prefeitura com o titulo de TETO MUNICIPAL DA MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE AMBULATORIAL E HOSPITALAR a importância de R$ 425.731,95 (ver link ; http://www.fns.saude.gov.br/ ) isto porque já vem descontado um empréstimo feito pela Santa Casa no valor aproximado de R$ 54.000,00 e que é descontado dos R$ 600 mil pela Prefeitura. Se o Pronto Atendimento é uma obrigação da Prefeitura e ela teria que realizar este serviço por sua conta seja onde for, sobram os outros R$ 600 mil que ela repassa para SC pelos serviços hospitalares. A SC atualmente devolve para o municio em produção através do repasse do Ministério da Saúde R$ 425.731,95 mais os R$ 54 mil. Efetivamente está saindo dos cofres públicos R$ 600 mil, menos R$ 479.731,95, ou seja, R$ 120.268,05, o que já é um valor considerado, porém não suficiente para cobrir as despesas, pois, a tabela SUS paga apenas 60% do que custam os procedimentos, assim necessitaríamos na verdade de R$ 191 mil para cobrir as despesas e atualmente acumulamos um déficit mensal de aproximadamente R$ 50.000,00 mais juros de dívidas acumuladas ao longo do convênio, que parte é amortizada pelos atendimentos, particulares e atendimentos de convênios e parte se acumula em pendências.