27/07/2019 às 10h00min - Atualizada em 26/07/2019 às 11h22min

Furtos na região da Rodovia Quintino de Lima preocupa comerciantes em São Roque

Os nomes dos estabelecimentos foram omitidos para preservar os comércios e seus proprietários

- Fotos: Divulgação
Da Redação: Rafael Barbosa

Comerciantes cujos estabelecimentos estão localizados ao longo da Rodovia Quintino de Lima, na região dos bairros Jardim Suíça e Paisagem Colonial, tem se mostrado preocupados com os altos índices de furtos e roubos a comércios da área. Um dos últimos furtos ocorridos no local foi a marmoraria pertencente ao empresário Elton Cleto, que veio a nossa redação para falar sobre o caso e a situação que diversos comerciantes têm que passar na região.

O modo operante dos marginais é geralmente o mesmo, se aproveitando do grande fluxo de veículos que passam pela Rodovia Quintino de Lima, que corta o bairro, os criminosos atacam a noite, invadindo os comércios e levando o que podem, trazendo prejuízos que vão muito além do material. No caso  do senhor Cleto, por exemplo, além de ter seu local de trabalho invadido, os marginais envenenaram seu cachorro com chumbinho, matando o animal que era muito querido ao empresário.

"Nos sentimos abandonados. Pagamos nossos impostos, geramos empregos e esta é situação em que nos encontramos", diz o comerciante.

Atendendo à solicitação do senhor Cleto nossa redação visitou diversos comércios localizados ao longo da Rodovia Quintino de Lima, no bairro Paisagem Colonial e as histórias que proprietários e funcionários dos comércios contam é muito parecida. Dos 10 estabelecimentos visitados por esta reportagem, oito já foram alvo de furtos ou assaltos com armas de fogo, obrigando a todos a viver um clima de insegurança.

"Temos que encarar esta situação pois temos que trabalhar, mas ficamos preocupados com relação a nossa segurança e a integridade do nosso comércio", afirmou Roberto Duro, um dos primeiros empresários a se estabelecer no bairro, onde sua mercearia está há cerca de 60 anos. Na semana passada a mercearia teve uma escada furtada, porém este é apenas mais um episódio na história do comércio, que já passou por, pelo menos, oito arrombamentos e cinco assaltos a mão armada.

Um histórico triste e que, infelizmente acaba se repetindo em outros comércios, que passaram a ser visitados frequentemente por marginais, como é o caso de uma usinagem que se estabeleceu no distrito a menos de um ano e já foi invadida e furtada quatro vezes, trazendo um prejuízo de três mil reais. “Fomos nos precavendo, colocando alarme e já registramos Boletins de Ocorrência, mas a sensação de insegurança é muito grande", comenta o funcionário Renato José dos Santos.

Porém não é necessário ir muito longe para encontrar prejuízos ainda maiores, como o caso de uma mercearia do bairro que, em uma única invasão, teve um prejuízo de cerca de oito mil reais em itens do estabelecimento e artigos de escritório e segundo os proprietários, apesar dos alarmes e a empresa de segurança contratada, a situação é muito complicada.

Entretanto apesar dos diversos transtornos muitos comerciantes gostam do local e das pessoas que moram no Paisagem Colonial, conhecido Goianã e comentam que a Polícia Militar realiza um trabalho importante na área, conhecida por crimes e principalmente por pontos de tráfico de drogas. Entretanto os marginais se aproveitam da baixa fiscalização do período noturno para atacarem.

Pensando nisso alguns comerciantes já passaram a adotar medidas extremas, como o dono de um deposito que, preferiu ter seu nome preservado e que, ao se estabelecer há poucos meses no local, passou a dormir na área do estabelecimento, expondo-se ao perigo para tentar proteger seu ganha pão. Situação muito similar a praticada por comerciantes do Marmeleiro e que já foram retratadas pelo Jornal da economia no final do ano passado.

Uma situação triste e complexa que deixa profissionais que somente querem ganhar seu sustento muitas vezes desamparados. Pessoas que só querem mais segurança para tocarem seus negócios e assim, continuar contribuindo na criação de empregos e com o desenvolvimento do próprio bairro e da cidade.


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