03/08/2018 às 10h51min - Atualizada em 03/08/2018 às 10h51min

Paciente internado há mais de dois meses ainda espera por cirurgia

Após ficar mais de 60 dias internado na Santa Casa de São Roque, José foi transferido para o Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS)

Da Redação: Ana Laura Gonzalez - Foto: Reprodução / Facebook
Da Redação: Ana Laura Gonzalez - Foto: Reprodução / Facebook

O paciente José Luiz de Castro, de 48 anos, está internado há mais de dois meses e ainda espera para fazer sua cirurgia. Após sofrer uma queda em um acidente doméstico, ele quebrou o fêmur e, desde então, aguarda por um procedimento cirúrgico sem data definitiva para ser realizado.

Após ficar mais de 60 dias internado na Santa Casa de São Roque, José foi transferido para o Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), conhecido como Hospital Regional de Sorocaba, onde o paciente foi informado que a cirurgia aconteceria nesta quarta-feira (01), o que não se concretizou.

“Terça-feira ele [o médico] falou que talvez a cirurgia possa ser realizada na próxima segunda-feira se chegar a prótese, mas não é nada definitivo”, disse José Luiz à nossa redação.

Além da longa espera para realizar o procedimento, o paciente ainda fala da falta de artigos básicos no hospital e da demora para ser atendido por enfermeiros. “Se a gente usar fralda no leito e vazar, eles não têm nem lençol para repor”, reclama.

O Jornal da Economia questionou o Conjunto Hospitalar de Sorocaba sobre a demora na cirurgia e as reclamações no atendimento. O CHS informou à nossa redação que a cirurgia de José requer uma prótese de quadril específica, adquirida mediante à demanda. “O item não fica disponível em ‘prateleira’, mas foi adquirido e a previsão sinalizada pelo fornecedor é que a entrega ocorra até a próxima semana. A cirurgia será realizada tão logo haja disponibilidade da prótese” afirmou o hospital.

O Hospital Regional também afirmou que o paciente segue sendo assistido na unidade, com monitoramento constante dos médicos sobre a evolução de seu quadro de saúde, afirmando que, como qualquer serviço de saúde, prioriza casos de urgência e emergência que necessitam de intervenção imediata e, enquanto isso, os casos eletivos permanecem sob acompanhamento médico.

“Cabe esclarecer que não procede a informação sobre falta de materiais de uso rotineiro. Os lençóis são trocados diariamente”, finalizou o CHS.

O drama vivido por José Luiz de Castro é um retrato da precariedade da saúde pública no Brasil e da total incompetência dos nossos governantes.
 
 


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