Paciente espera há mais de dois meses na Santa Casa de São Roque por cirurgia em outra cidade

Um paciente internado na Santa Casa de São Roque, espera há dois meses para realizar uma cirurgia no fêmur. José Luiz de Castro, de 48 anos, é natural de Alumínio (SP) e chegou até mesmo a se candidatar como vereador do município, porém vem passando por uma situação dificílima desde que quebrou o fêmur após sofrer uma queda em um acidente doméstico, há mais de dois meses.

Após o ocorrido, o homem foi internado na irmandade são-roquense e desde então tem esperado em vão por uma cirurgia. “Já faz mais de dois meses que estou aqui no hospital Santa casa de São Roque com o fêmur quebrado... agradeço às pessoas que estão revezando os horários para me fazerem companhia e aos que estão fazendo às doação para que eu possa fazer à cirurgia”, informou José Luiz através das redes sociais.

Diante da demora pelo sistema de saúde, alguns conhecidos chegaram a tentar organizar uma arrecadação para pagar o procedimento através de planos particulares, entretanto o procedimento é muito caro (custando mais de R$ 25 mil).

“É uma situação lamentável, ele ter que esperar tato tempo por uma cirurgia. Durante todo este tempo ele tem tido companhia de duas pessoas que ficam lá com ele, já que os pais são idosos e o irmão mora longe. Infelizmente a Saúde do nosso país está jogada no lixo”, comentou o empresário Manoel de Morais Melo que conhece José e comentou sobre o caso a nossa redação.
A Santa Casa de São Roque não lida com a especialidade necessária para realizar a cirurgia no paciente e como Alumínio não tem a estrutura hospitalar para realizar o acolhimento do mesmo, José tem sido mantido no hospital são-roquense até a liberação de uma vaga em outra cidade, através da Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (CROSS).

Segundo reportagem divulgada pela TV TEM, A Secretaria de Saúde do informou que José Luiz foi avaliado por ortopedistas do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS) e a previsão é de que a cirurgia seja feita nas próximas semanas.

Embora o órgão ressalte que são priorizados casos de urgência e emergência, fica a dúvida sobre o critério utilizado pela secretaria. Se o caso de uma pessoa internada a dois meses com o fêmur fraturado não é considerado um caso de urgência, o que será?