Há um mês São Roque não realiza o serviço de ultrassom que deveria ser fornecido pela saúde municipal em sua Rede Básica. A denúncia foi feita pelo vereador Cabo Jean, em sua passagem pela tribuna na Câmara Municipal, onde informou que o exame não é fornecido, mas não pela falta de equipamento, e sim pela falta de um funcionário que possa gerenciar a máquina na Santa Casa.
“Estamos aí aproximadamente 30 dias onde a população de São Roque sequer tem como utilizar de um ultrassom na Santa Casa. Então eu não sei até quando a população vai ficar pagando por isso, eu não sei, aí se for o caso, que a administração reveja essa questão do repasse ou diminua e contrata esse médico ou aumenta e contrata esse médico”, comentou.
O exame é importante para análise e o tratamento de diversas enfermidades, incluindo o acompanhamento de gestantes, sendo um aparato importante para a manutenção da saúde da população.
Ao ser questionada pela nossa redação, a Prefeitura de São Roque, informou que a empresa contratada pela Santa Casa para prestação de serviços de realização de exames de ultrassom, e que atendia todo o Departamento de Saúde, solicitou rescisão de contrato com a Santa Casa e a contratação de uma nova empresa ainda não foi finalizada. “Exames de ultrassom mais complexos, são agendados via CROSS nos Ambulatórios Médicos de Especialidades (AME’S). Estes não tiveram agendamento suspenso”, informou a administração pública.
Entretanto, segundo a relação dos AMEs no estado, fornecida pelo site do Governo do Estado de São Paulo, o AME mais próxima utilizada pela cidade está localizada em Itu, a cerca de 45 km de São Roque. Um longo caminho para alguém que precisa de um exame.
Ao ser questionada pela nossa redação, a provedora da Santa Casa, Dra Leila de Oliveira Camilo, informou que as acusações do vereador são feitas sem conhecimento de causa ou dos contratos que regem a parceria entre a irmandade e a prefeitura municipal. A provedora afirma que, embora preste serviços de ultrassom, este serviço não faz parte do contrato de convênio entre o hospital e a administração pública e sendo assim a Santa Casa recebe um pagamento extra por cada exame solicitado através da rede pública, não sofrendo qualquer pena caso o serviço não seja oferecido.
A provedora disse que a Prefeitura foi avisada sobre a impossibilidade do hospital fornecer o exame. Deste modo a prefeitura deveria encaminhar seus pacientes em necessidade para outro local de exames.
“Durante este tempo que ficamos sem um operador, direcionamos nossos pacientes (relativo a urgência e emergência, ambulatório e maternidade) para realizarem os exames em outras instalações médicas, com pagamento feito através dos próprios recursos da irmandade”, comenta provedora.
A provedora informou ainda que o serviço de ultrassom será normalizado nesta segunda-feira (25) na Santa Casa.