Polícia Militar realiza reintegração de posse em Araçariguama

A Polícia Militar divulgou o resultado da Operação de Reintegração de posse do Chácara Dora, realizado nesta terça-feira (05), em Araçariguama. A reintegração foi decretada pela Justiça em maio e, segundo as autoridades, a área de 77.000 m2 contava com 87 casas construídas e mais de 190 pessoas, embora muitos das residências tivessem sido desocupadas durante a preparação para a ocupação, feita através de reuniões.

As invasões começaram a cerca de dois anos. Enquanto alguns moradores afirmavam que acreditavam que o local estivesse desocupado, outros afirmavam que teriam recebido a informação que a prefeitura estaria regularizando a situação do local e que iria dividir a propriedade entre os moradores. A Prefeitura de Araçariguama afirmou que nunca apoiou as invasões e que informou as pessoas em diversas ocasiões que o local era uma propriedade particular. “Desde o final de 2016 já era negociada a saída dos moradores junto ao Poder Judiciário, sendo que no mês de abril de 2018, até a presente data, foram realizadas nove reuniões preparatórias promovidas pela Polícia Militar com o Poder Judiciário, Conselho Tutelar, Prefeitura Municipal, Assistência Social, Conselho Tutelar, Defesa Civil, Advogados representantes dos proprietários e dos moradores e com os próprios moradores para serem cientificados da necessidade de deixarem o local de forma pacífica e tranquila com o objetivo do cumprimento da demanda judicial”, informou a PM.

No momento da operação 40 casas ainda estavam sendo ocupadas por 110 pessoas, que foram retiradas por oficiais de Justiça, que cumpriam a ordem judicial com o apoio da polícia. As autoridades empregaram 150 Policiais Militares para o cumprimento da operação, entre as equipes de Força Tática, Cavalaria, Canil, Policiamento Territorial, Corpo de Bombeiros, Policiamento Rodoviário, do Grupamento  Aéreo “Águia”. Os policiais eram pertencentes as cidades de São Roque, Mairinque, Itú, Salto, Porto Feliz e Sorocaba. As autoridades informaram que um grande aparato de segurança foi montado para garantir a segurança dos envolvidos e além da atuação da PM a operação também contou com o apoio de 10 assistentes sociais, cinco conselheiros tutelares, cinco funcionários da defesa civil e oito Oficiais de Justiça, além dos ajudantes, 20 caminhões e cinco máquinas. “Foram disponibilizados aos moradores da invasão dois galpões, sendo um para os moradores sem moradia imediata, e outro para guardarem seus pertences por até 15 dias”, afirmou a polícia.
Ao final dos trabalhos, as autoridades consideraram a ação um sucesso, já que as pessoas foram retiradas do local sem incidentes ou confrontos.