26/05/2018 às 20h16min - Atualizada em 26/05/2018 às 20h16min

Como combater o Glaucoma?

*Por Dr. Alexandre K. Misawa
*Por Dr. Alexandre K. Misawa

Segundo dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2020 a estimativa é que 80 milhões de pessoas no mundo tenham glaucoma. Esses números preocupantes mobilizaram o setor de saúde e, com o objetivo de disseminar o conhecimento e conscientizar a população sobre a importância dos cuidados com os olhos, em 26 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma. Por ser uma doença silenciosa, que raramente causa dor, as pessoas não costumam procurar o oftalmologista para identificar se estão saudáveis.  
Diante dos seus riscos, é importante esclarecer que o glaucoma é uma doença ocular caracterizada por alteração do nervo óptico, que causa um dano irreversível das fibras nervosas e, como consequência, a perda de campo visual. Erroneamente, as pessoas associam o glaucoma com a pressão dos olhos, assim, é importante esclarecer que esse é um dos principais fatores de risco, porém, não é o único, uma vez que, embora existam pacientes diagnosticados com a doença, alguns têm a pressão normal.
 
Vale destacar ainda que o glaucoma pode ser hereditário, por isso, quem tem casos da doença na família precisa investigar, pois aumenta o risco de desenvolver a efemeridade. Existem ainda outros fatores de risco tais como: uso crônico de corticosteroides – tanto via oral, nasal quanto na forma de colírios. Quem tem doenças como diabetes e problemas cardíacos também está mais propenso.
 
O glaucoma é mais comum após os 60 anos de idade, contudo, vale a ressalva que indivíduos em outras faixas também podem ser surpreendidos, especialmente, se tiverem histórico de trauma ocular, quem faz uso excessivo de corticoide, histórico familiar e doença inflamatória ocular (Uveites). Nem mesmo as crianças estão livres. Há bebês que nascem com o aumento da pressão intraocular e com perda visual grave logo nos primeiros anos de vida, se não tratado.   A partir de um ano já é indicado à realização de avaliações dos olhos, neste caso, não apenas para essa doença, mas para garantir também a saúde ocular completa.
 
Existe ainda uma forma congênita, quando os recém-nascidos já apresentam uma lesão no nervo óptico e, nesses casos, precisam de tratamento cirúrgico.  Essa é uma doença genética rara, herdada pelas mães durante a gestação.
 
Por sua vez, o glaucoma crônico de ângulo aberto é o mais comum e, neste caso, o paciente apresenta aumento da pressão intraocular e déficit do campo visual.
 
Já o glaucoma de ângulo fechado é o mais emergencial, uma vez que pode causar a perda visual irreversível rapidamente e, por fim, o glaucoma do tipo secundário pode acontecer devido a alguma complicação médica, seja pelo uso excessivo de corticoides ou até mesmo por conta de cirurgias como cataratas.
 
Para finalizar, é fundamental ressaltar que a melhor prevenção é a consulta anual ao oftalmologista, pois esse profissional é apto para avaliar se há suspeitas da doença e, caso o diagnóstico seja positivo, realizar o tratamento adequadamente com colírios e, ou até mesmo se for preciso, indicar a cirurgia.  Com o avanço da medicina e dos recursos de diagnóstico, hoje a identificação do glaucoma é muito precisa.
 
*Dr. Alexandre K. Misawa é oftalmologista do HSANP, centro hospitalar localizado na zona Norte de São Paulo.
 


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://jeonline.com.br/.