11/04/2018 às 14h46min - Atualizada em 11/04/2018 às 14h46min

Divisão de Saúde fecha clínica de reabilitação que funcionava sem autorização em São Roque

Local havia sido interditado mas continuava funcionando na Zona Rural do Município

Da Redação - Foto: reprodução / Portal G1
Da Redação - Foto: reprodução / Portal G1

Prefeitura de São Roque, fechou novamente nesta segunda feira (09), uma clínica de reabilitação que, mesmo interditada, continuava a funcionar no município, em ação que contou com o apoio da Promotoria de Justiça e da Polícia Militar e Civil.

A clínica abrigada 23 internos e, segundo informações divulgadas pelo Portal G1, a maioria dos pacientes era portadores de doenças psiquiátricas severas com alto grau de dependência, sendo que alguns apresentaram sinais de violência e de uso abusivo de medicações de controle especial e, por conta disso, precisaram ser encaminhados para o hospital.

A filha da vereadora Gisele Branca do Carmo era uma destas pacientes. A Jovem de 18 anos estava internada na clínica há apenas sete dias quando a mãe foi acionada e informada que a filha tinha dado entrada na Santa Casa de São Roque com diversos ferimentos.

"Ela estava toda roxa, com 'sangue pisado' no olho e com um ferimento feio na cabeça. Só sabia me dizer que estava com medo, porque tinha apanhado muito. Paguei R$ 2.070, entre matrícula e mensalidade e fazem isso com a minha filha. É um absurdo", afirmou a vereadora.

A chefe da Divisão de Saúde de São Roque, Daniela Dias Groke informou que a clínica, localizada em uma chácara da região rural de São Roque, havia sido interditada pela administração municipal, porém o departamento recebeu denúncias de que o local ainda estava em funcionamento. "A fiscalização não encontrou evidências do funcionamento ou teve sua ação obstruída. Assim, em contato com a Promotoria de Justiça da cidade foram tomadas medidas para que fosse garantido o direito de averiguação do local e da condição de vida das pessoas que lá viviam", diz.

Segundo a chefe da divisão de saúde, as condições higiênicas no local estavam péssimas, pois além da falta de camas, há relatos de que os pacientes era privados de alimentação e outras necessidades básicas, como água e banho.

Os internos foram alocados temporariamente em clínicas e lares da região, enquanto os serviços do departamento de saúde tem buscado contato com as famílias dos pacientes. A denúncia de maus-tratos foi encaminhada para a Polícia Civil, que deve abrir um inquérito para investigar o caso.

A situação de clinicas de reabilitação em São Roque tem se tornado uma situação complexa, já que entre janeiro de 2017 e 2018 , 11 clínicas terapêuticas clandestinas foram fechadas pela Vigilância Sanitária Municipal, devido a acusação de situação irregular dos locais.


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