Com uma média de 1.500 pessoas nas quatro noites de Carnaval, o Carna Mayrink, realizado na Praça da Matriz, chamou a atenção pela animação, presença de foliões de outras cidades da região e pelo clima de confraternização familiar. Nem a chuva que caiu sobre a cidade por volta das onze da noite de terça-feira conseguiu dispersar os foliões que cantavam e dançavam ao som da Banda Degraus.
Fábio Castanho, cantor da Banda Degraus, ao final da apresentação de terça-feira, declarou que “há anos que nossa banda canta nos carnavais, nunca presenciei um povo tão pacífico, receptivo e alegre. Parabéns aos organizadores que propiciaram quatro noites maravilhosas, com muita animação, paz e troca de energias positivas”.
O ponto positivo destacado por todos, segundo a diretora municipal de Turismo da Prefeitura de Mairinque, Mariana Cordeiro, foi a segurança e o clima de confraternização que predominaram durante todo o Carna Mayrink. “Foi uma festa para um público bem diversificado de várias faixas etárias, que atraiu pessoas de todos os bairros da cidade e, inclusive, de municípios da região”, comemorou Mariana. Ela faz questão de lembrar que não houve um incidente sequer ou qualquer ocorrência policial durante as quatro noites de folia.
Para a primeira-dama do município, Elza Merguizo, presente nas quatro noites de brincadeira, ao lado do prefeito Binho, o Carna Mayrink teve o mérito de resgatar o espírito carnavalesco mairinquense. “Nossa cidade sempre se destacou pela animação dos seus carnavais e, a cada ano, estamos recuperando essa alegria. Neste ano mostramos que a cidade pode retomar essa tradição”, festeja Elza.
“Latinha”, um dos destaques
Rápido e atento, Orivaldo Moreira, 42 anos, morador do Jardim Cruzeiro, foi um dos destaques do Carna Mayrink. Ele não usa fantasia e garante que não sabe sambar. Sua função é só uma. Juntar latinhas de refrigerante e cerveja que se espalham às centenas no recinto do Carna Mayrink.
Orivaldo, que já ganhou o apelido de “Latinha”, trabalhou na quatro noites de Carnaval e, segundo ele, ajuntou mais de mil latinhas por noite. Orivaldo não gosta de dar entrevistas, mas sabe que faz a sua parte ao contribui com a limpeza da praça enquanto todos se divertem. “Lixo reciclado é o meu negócio”, explica ele. As latinhas, devidamente amassadas e ensacadas, são levadas por ele a uma cooperativa do marmeleiro onde são compradas por R$ 2,50 o quilo. “Dá para sobreviver”, resume.