25/07/2014 às 09h13min - Atualizada em 25/07/2014 às 09h13min

Menos de 7% das casas invadidas no Conjunto Habitacional são ocupadas por beneficiários

Prefeitura já entrou com o pedido de reintegração de posse

A Prefeitura de São Roque divulgou que das 152 casas invadidas no Conjunto Habitacional Lago dos Patos, apenas 11 estão ocupadas por beneficiários. O local foi tomado na madrugada do dia 12 e embora representantes da administração do município tenham visitado o lugar, a Prefeitura ainda não tinha noção de quantas famílias tinham direito as moradias da área.

De acordo com o Bem Estar Social, os moradores realizaram um levantamento por conta própria, redigindo a mão uma lista com os nomes e os números de identidade de todos os cidadãos que atualmente ocupam as residências. O documento foi entregue posteriormente pelo advogado do grupo e protocolado na prefeitura nesta segunda feira, dia 21.

Com ajuda da lista, a Prefeitura conseguiu averiguar a quantidade exata de pessoas que tem direito as residências do local, averiguando também que, ao contrário do que foi dito pelos representantes da invasão, muitos pessoas que atualmente ocupam as casas não eram residentes do bairro e vieram de diversas partes do município e de cidades vizinhas.

A Prefeitura reafirma que todas as 152 casas já têm dono. Em agosto de 2012, a antiga administração do município realizou um sorteio no Ginásio Municipal de Esportes para a entrega das chaves simbólicas aos futuros proprietários, que receberam a moradia por estarem vivendo em locais de risco no próprio bairro. A intenção na época era de que os beneficiários conhecessem o futuro local de suas residências, mesmo que elas ainda não tivessem sido completamente construídas.

A construção do Conjunto Residencial Lagoa dos Patos havia começado quase dois anos antes, em 12 de abril de 2010, com previsão de entrega em fevereiro de 2011. Em 2013 a empresa encarregada da construção da obra deixou o projeto pela metade, depois de gastar praticamente todo o orçamento estimado para a construção das moradias.

A atual administração herdou o problema e garante que já tem a verba necessária para finalizar a obra, conseguida por meio do Governo do Estado e recursos próprios, totalizando R$ 4.101.124,90, porém a administração afirmar depender de documentos e da aprovação da Câmara Municipal para receber a verba.

Desde a ocupação, a prefeitura vem se reunindo com os representantes dos cidadãos invasores para discutir a questão. Diante das negociações, foi dado um prazo para que as famílias deixassem as moradias até a segunda feira do dia 21 de julho, se disponibilizando a oferecer caminhões para auxiliar na mudança, porém até o fechamento desta edição as famílias continuavam residindo no local.

Diante dos fatos, a gestão do município já protocolou na Justiça o pedido de reintegração de posse, porém as negociações ainda estão em andamento para que as famílias possam deixar as casas pacificamente.

A moradora Leia Silva Santos Pereira Costa, que afirma ser uma das contempladas com uma residência no Conjunto Habitacional


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