20/11/2016 às 22h37min - Atualizada em 20/11/2016 às 22h37min

Banco de Olhos de Sorocaba atende 2 mil pessoas por mês com glaucoma

Instituição possui 6 mil cadastrados no Programa Glaucoma, do Ministério da Saúde, mas estima que dez vezes mais pessoas sofram com a doença na macrorregião; comitiva foi à Brasília pedir mais investimentos em prevenção.

Glaucoma é uma neuropatia óptica progressiva, isto é, um problema no funcionamento do nervo dos olhos, associado a alterações neste nervo e no campo visual.  A pressão ocular que causa é o principal fator de risco e, se não tratada adequadamente, a doença pode levar à cegueira irreversível. 

 

 

Dados do Ministério da Saúde apontam que 2,4% da população brasileira acima dos 40 anos pode ter glaucoma, o que representa mais de 1,8 milhão de pessoas. Por se tratar de um mal que não apresenta sintomas até as fases finais, estima-se que 10% desse total, ou 185 mil pacientes, podem evoluir para a cegueira, caso não recebam tratamento adequado.

 

O BOS (Bando de Olhos de Sorocaba) acaba de participar de uma comitiva que visitou o ministro da saúde, Ricardo Barros, em Brasília (DF), para destacar essa questão de saúde pública e as vantagens de se combater, preventivamente, a cegueira causada pelo glaucoma. O grupo, que reuniu o presidente da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG), Marcelo Palis Ventura, o superintendente do BOS, Edil Vidal de Souza e parlamentares frisou a importância de o governo aumentar os investimentos no Programa Glaucoma, do Ministério da Saúde, que visa o acesso gratuito da população, por meio do SUS (Sistema Único de Saúde), às consultas com oftalmologista e aos colírios de tratamento, prevenindo a cegueira causada pela doença e outros males oculares.  De acordo com informações apresentadas ao ministro pela comitiva, se elevados os investimentos em prevenção, os gastos da Previdência Social com o tratamento de cegos pelo glaucoma podem ser reduzidos em quase R$ 200 milhões, por mês. Isto porque, enquanto o tratamento de um paciente cego custa, em média, R$ 1.400, por mês, ao governo, o preventivo cai para R$ 33,50. “Esta é uma conta simples que o governo brasileiro precisa fazer, para diminuir drasticamente os gastos públicos e, ao mesmo tempos, melhor a qualidade de vida da população”, ressaltam o presidente da SBG e o superintendente do BOS.

 

Katia Campos, gerente de atendimento e qualidade do BOS, explica que, atualmente, a entidade acompanha, em seu ambulatório SUS, 2 mil pacientes com glaucoma, por mês, o que equivale a 6 mil pessoas que recebem os colírios de tratamento como parte do Programa Glaucoma, vindas de Sorocaba e de outras 47 cidades de abrangência. Estima-se, contudo, fala a gerente, que esse número esteja muito abaixo da demanda real, que deve ser de 60 mil pessoas na macrorregião. O cálculo toma como base a mesma estatística nacional de incidência da doença para a população da região, que é de 2,5 milhões de habitantes. “Essas pessoas não vêm até nós, ou por desconhecimento da doença, ou porque estão recebendo algum tratamento fora do programa federal”, alerta Katia.  

 

Todos que precisam receber atendimento na macrorregião, por meio do Programa Glaucoma, devem procurar a Rede Básica de Saúde para encaminhamento ao BOS ou fazer cadastro prévio pelo site: www.bos.org.br/glaucoma .  O Programa Glaucoma do ambulatório SUS do BOS atende de segunda à sexta, das 8h às 18h.

 

 


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