A busca pela recolocação profissional é uma realidade para uma parcela cada vez maior de brasileiros. Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice de desemprego ficou em 11,8% no terceiro trimestre de 2016. No terceiro trimestre do ano passado, taxa havia ficado em 8,9%. Para voltar a ter oportunidades no mercado de trabalho, muita gente vem apostando na retomada dos estudos, em especial o de idiomas.
Este fenômeno pode ser observado em Sorocaba. De acordo com o empresário João Paulo da Rocha Sad, proprietário da escola de inglês British and American, é crescente o número de pessoas que perderam o emprego e voltam a sala de aula para se aperfeiçoar no inglês. “O idioma hoje é uma necessidade e muitas empresas estão até exigindo dos profissionais a certificação para a comprovação da fluência”, ressalta João.
A proficiência em outra língua, em especial do inglês, é um diferencial para o candidato se destacar diante de currículos com perfis semelhantes, e assim, conquistar um novo espaço no mercado de trabalho.
De olho neste público, muitas escolas estão se especializando no ensino de adultos. Para isso são implantadas novas metodologias de ensino direcionadas a este público. “Diferente das crianças que estão abertas a novos conhecimentos, o adulto sempre questiona a utilidade do novo ensinamento e é preciso estar atento a isso”, explica o empresário.
Uma das estratégias para atrair este público é uma nova metodologia que aplica o inglês no cotidiano do aluno. “Nós inserimos o inglês, por exemplo, em aulas de culinária, de cultura e em festas. A língua é a única que pode ser falada, mas o processo de ensino é bem diferente do que havia antes. É claro que o aluno recebe o conteúdo e adquire fluência na conversação, mas sem frases prontas e previsíveis. Ao aprender uma receita, por exemplo, ele tira dúvidas sobre o preparo do prato, em inglês. Isso torna o raciocínio mais ágil e serve como estímulo”, explica o empresário.
Outro diferencial implementado pelo empresário é uma unidade “clube” da escola. Nesta unidade, o empresário recriou um bar, com chopeira, mesa de sinuca e pôquer.
Este ambiente, assegura o empresário, deixa o aluno mais à vontade para desenvolver o idioma em meio ao bate-papo com outros colegas e professores. “Criamos este ambiente mais descontraído, pois assim, o aluno se sente mais à vontade para se expressar e falar, sem medo de errar ou se sentir constrangido. As pessoas se soltam e percebem, na prática, os resultados do estudo”, conclui.