14/09/2016 às 10h16min - Atualizada em 14/09/2016 às 10h16min

Queimadas crescem no país e situação pode piorar ainda mais em setembro

Libris Comunicação Integrada - Foto: Arquivo JE
Libris Comunicação Integrada - Foto: Arquivo JE

O número de queimadas no Brasil, este ano, cresceu em 65%, se comparado ao mesmo período de 2015, de janeiro a agosto. Os dados são de um levantamento realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação. Até o início de agosto, foram registrados mais de 53 mil focos e incêndios pelas florestas do país, de acordo com o órgão. Situação que pode se agravar ainda mais em setembro, época do ano em que, geralmente, essas ocorrências se tornam mais frequentes. Diversas queimadas também tem ocorrido em São Roque neste ano.

 “Setembro é a época do ano em que a temporada de queimadas atinge seus níveis mais extremos porque estamos no auge do verão nas florestas. E, durante esse período, as chuvas são também menos frequentes nessas regiões”, conta o Biólogo Giuseppe Puorto, membro do CRBio-01 – Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS).

Segundo o Inpe, o estado do Mato Grosso lidera o ranking de queimadas no país em 2016, com mais de 15 mil focos de calor registrados nos primeiros oito meses do ano, número 45% maior se comparado também ao mesmo período de 2015. “Os impactos ambientais são enormes. Além de destruir toda a vegetação local, os incêndios também afetam a fauna”, diz o Biólogo. Este ano, cobras, onças, macacos, tamanduás e tartarugas estão entre algumas espécies de animais queimados que foram resgatados, tratados e depois devolvidos à natureza pelo Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental do MT.

Para o Biólogo é preciso mais rigor na fiscalização, pois além do tempo seco, a ação do homem é uma das principais causas de incêndios florestais nesta época do ano. “Indispensáveis para o equilíbrio do clima, nossas florestas vão perdendo sua capacidade de recuperação, e aos poucos vamos dizimando toda nossa biodiversidade. É preciso acabar com isso”, conclui o membro do CRBio-01.


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