13/05/2016 às 09h22min - Atualizada em 13/05/2016 às 09h22min

Presidente da ACEPPA fala sobre situação do terreno da antiga quadra municipal

Da Redação: Rafael Barbosa - Foto: Rafael Barbosa
Da Redação: Rafael Barbosa - Foto: Rafael Barbosa

Após a matéria divulgada na última edição do Jornal da Economia, onde foi informado que a Prefeitura de São Roque tinha interesse em reaver a propriedade onde se localizava a antiga quadra municipal, o Presidente da Associação Cultural Esportiva de Projeção Prol Atleta (ACEPPA), Kazurô Nakashima veio a nossa redação para falar sobre a questão.

A propriedade, localizada na Avenida Antonino Dias Bastos, foi doada no final do mandato do ex-prefeito Efaneu Nolasco Godinho, para que no local fosse construído um instituto cultural para a cidade. Kazurô conta que, na época, lhe foi pedido que ele escolhesse uma propriedade que estivesse disponível na prefeitura para que o governo analisasse o pedido e assim, uma lista com seis opções de locais foi entregue, sempre tendo a propriedade onde se localizava o local como primeira opção. “É o local ideal, pois oferece características importantes, como uma boa localização, acessibilidade e sobretudo, segurança para as pessoas que a freqüentarem no futuro”, comentou.

Assim o local foi doado para a ACEPPA na gestão passada, projeto aprovado pela Câmara e que sedia a posse da propriedade a instituição por 20 anos. Entretanto o local oferecia um problema, pois uma análise do terreno demonstrou que construir no local não seria uma tarefa tão simples, já que a área era um antigo brejo e assim, o terreno era complexo de ser trabalhado.

Segundo Kazurô os problemas começaram quando a ACEPPA apresentou um projeto a prefeitura que traria algumas modificações ao projeto original, que precisaria ser adequado para atender as necessidades da nova instituição e que iniciou um gigantesco processo burocrático, com uma série de pedidos de documentações diversas e até mesmo a perda de documentos pela Prefeitura de São Roque. Um dos principais problemas, entretanto teria sido o pedido da prefeitura para que fossem construídos no local um total de 80 vagas para carros. O pedido foi modificado para 40 vagas posteriormente, porém este ainda é um número absolutamente inviável segundo o presidente da instituição. “Fomos classificados como uma instituição profissionalizante o que não é o caso. Nos propomos a ser um projeto social, que irá atender pessoas carente, não a condições de construirmos 40 vagas de carros no local”, comenta.

O tramite burocrático travou o processo por mais de um ano e segundo o presidente, o seu pedido de alteração do projeto nunca foi respondido pela administração municipal, afirmando que a burocracia foi o único motivo do projeto não ter saído do papel até o momento.

Quando questionado sobre o estado atual da área, Kazurô lembrou que a quadra estava abandonada há anos e que depois que a ACEPPA assumiu os cuidados do local ele havia sido terraplanado e vinha sendo mantido limpo periodicamente, mesmo após os tramites burocráticos que “travaram” o empreendimento, porém que com os alagamentos o local foi cedido para see colocar o entulho das obras no local e por isso o seu estado atual.

A prefeitura chegou a sugerir que um novo local fosse cedido para a construção do instituto, um terreno que teria passado recentemente para o governo municipal, localizado atrás da Cooperativa de São Roque, entretanto a propriedade não seria adequada. “Não estamos “fazendo pouco” da propriedade sugerida, mas ela não oferece as mesmas qualidades da propriedade da avenida marginal. Também queremos resolver a situação da melhor maneira possível e estamos dispostos a aceitar outra propriedade, desde que ela seja superior a que nós temos no momento”, afirmou Kazurô. Caso um local mais interessante não seja oferecido, a instituição pretende manter o imóvel atual.

Entretanto, mesmo que esteja aberto ao dialogo, o que a ACEPPA realmente quer é permanecer no local e dar continuidade ao projeto, construindo um empreendimento que pretende estabelecer um instituto cultural único na cidade e região. O Instituto Kazurô Nakashima se propõe a oferecer atividades culturais de forma totalmente gratuita a população, contando com uma biblioteca, sala de música, esportes, informática, dentre outras práticas que agregarão valor não apenas a população, mas também a cidade de São Roque. “É um projeto lindo e que tem tudo para crescer. Queremos que ele prospere e desejamos caminhar lado a lado com a prefeitura, como sempre nos propusemos a fazer”, completou Kazuro.   


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