31/07/2015 às 14h25min - Atualizada em 31/07/2015 às 14h25min

Ministério Público verifica se falta de fiscalização poderia ter evidenciado falsos médicos

Da Redação: Rafael Barbosa - Foto: Reprodução/Internet

 

O Promotor de Mairinque, Joaquim Portela, responsável pelo caso dos falsos médicos que atuavam em São Roque, Alumínio e região, afirmou que o Ministério Público irá investigar se os órgãos de fiscalização das prefeituras das cidades por onde os falsos médicos passaram tem alguma responsabilidade no caso. O MP pretende apurar se um processo de fiscalização mais rígido poderia ter evitado o incidente e descoberto os falsários.

"Nós vamos apurar tanto a qualidade do serviço público quanto a responsabilidade e eventual omissão dos agentes públicos na fiscalização dos contratos ou mesmo na condução do serviço de saúde, que é extremamente essencial à população”, afirmou Portela, segundo reportagem do portal G1.

Nesta semana o MP deve denunciar à Justiça o primeiro inquérito policial sobre o caso, concluído na semana passada e que consiste de 30 volumes referentes aos quatro médicos que atuaram na região de Sorocaba: Vilka de Souza, Jaime Ricardo Chumacero Junior, Pablo Mussolini e Natani Taísse.

“A princípio, eles vão responder por uso de documento falso, exercício ilegal da medicina e formação de quadrilha, mas, a partir da análise desses documentos, podem surgir outras imputações", disse o promotor ao G1. Os falsos médicos Pablo e Natani já se encontram presos e Vilka e Jaime já tiveram suas prisões temporárias decretadas, mas continuam foragidos.

Questionada pelo Jornal da Economia, a Prefeitura de São Roque afirmou que irá colaborar com as autoridades nas investigações embora, até o fechamento desta edição, o Departamento de Saúde de São Roque não tenha sido notificado pelo Ministério Público.  Segundo a administração, um levantamento de dados está sendo feito pela Prefeitura sobre os profissionais que atuam na Santa Casa. “Assim que tomou conhecimento dos fatos, o Prefeito Daniel de Oliveira Costa, determinou ao Departamento de Saúde, a abertura de sindicância administrativa para total apuração dos fatos. Tendo sido adotadas medidas pelo Diretor de Saúde, Dr. Sandro Rizzi, em consonância com a Comissão Interventora da Santa Casa, para levantar o estado de saúde dos pacientes atendidos pelos supostos médicos, e ainda responsabilidades pelas referidas contratações”, completou a Prefeitura em nota enviada a nossa redação.

 


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