A Sabesp, empresa responsável pelo abastecimento de água no estado de São Paulo, pretende aumentar o preço das tarifas de água e esgoto em 7,5% para os consumidores.
O repasse do valor para os consumidores foi autorizado em março de 2013 pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia de São Paulo (ARSESP), que fiscaliza os serviços da Sabesp, mas foi suspenso no mês seguinte a pedido do Governador Geraldo Alckmin (PSDB), com o argumento de que estudaria “métodos de redução nos impactos aos consumidores.
O possível aumento de até 7,5% na tarifa de água e esgoto seria o terceiro reajuste desde dezembro de 2014, quando a conta de água aumentou 6,5%. Em junho, a pedido da Sabesp, a Arsesp autorizou um aumento extraordinário, de 15,2%, por causa das perdas financeiras registradas pela estatal em razão da crise hídrica. A Sabesp, contudo, queria um aumento de 22,7%. Com o reajuste, a companhia anunciou corte superior a 50% nos investimentos em esgoto no Estado. Em 2014, o lucro da companhia caiu R$ 1 bilhão em relação a 2013.
O reajuste na conta é questionado na Justiça pela Associação de Consumidores Proteste. Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, a coordenadora da Proteste, Maria Inês Dolci, analisou o possível aumento das tarifas. "Tivemos um reajuste extraordinário e altíssimo em junho. Um novo aumento é um absurdo, inaceitável, inimaginável para quem já está ficando sem água. Penaliza duas vezes o consumidor", finaliza Maria Inês.