Empresa responsável por obras em São Roque faz queimada em bairro

A empresa CG Engenharia, responsável pela realização de algumas obras em São Roque, vem realizando queimadas em um dos depósitos da empresa, localizado na rua Walter Di Fillipo, no bairro Santo Antônio. Segundo os moradores do local, as queimadas acontecem há algum tempo e embora a ação tenha parado por um tempo, a prática retornou no último sábado, dia 30 de maio, quando com a queima de materiais ocorreu durante todo o dia. A fumaça gerada pela queima deixou o terreno aberto e acabou invadindo as casas, causando empecilhos a vida dos moradores da região e danos a saúde dos mesmos.

“No sábado passado (30/05), começou a queimada mais ou menos 07h30 da manhã, o cheiro da fumaça era uma mistura de borracha, madeira e papel.  Era uma fumaça muito escura, imagino que queimavam também pneu velho. O problema é que esse cheiro se espalhou e ficou insuportável respirar essa fumaça.  Ao retornar em minha residência lá pelas 12h minha filha reclamou de dor de cabeça devido ao cheiro da fumaça”, diz Adriane Pinho, moradora de uma das residências no local.

A CG Engenharia está prestando serviços para a prefeitura de são roque e seus funcionários podem ser vistos trabalhando na reforma da reforma da Avenida Tiradentes.

Realizar queimada de qualquer material, mesmo em propriedades privadas, com o propósito de se livrar dela e/ou dos inconvenientes por ela causados, gerando poluição potencialmente causadora de danos à saúde humana, é considerado crime. A ação infringe o artigo 54, da Lei do Meio Ambiente (Lei Federal 9 605, de 12/2/98), que reza que "é crime causar poluição, de qualquer natureza, em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a morte de animais ou a destruição significativa da flora".  A pena para o delito é de reclusão de um a quatro anos, e multa.

O Jornal da Economia questionou a Prefeitura de São Roque sobre o assunto. Em resposta, o Diretor de Planejamento e Meio Ambiente, Sergio Ricardo de Angelis, afirmou que até o momento a administração municipal não havia recebido qualquer questionamento sobre o ocorrido. “Estamos encaminhando para a Divisão de Fiscalização de Obras, Posturas e Meio Ambiente para diligência ao local e demais providências”, afirma o diretor.

Nossa equipe também procurou a empresa CG Engenharia para falar sobre o ocorrido, mas até o fechamento desta edição, não houve resposta.