24/02/2015 às 14h46min - Atualizada em 24/02/2015 às 14h46min

Peça ‘Reality (Final)’ é atração no Sesc Sorocaba

Espetáculo premiado provoca reflexões sobre a vida e seus limites

Texto e foto: Assessoria de Imprensa
Texto e foto: Assessoria de Imprensa

A peça “Reality (Final)”, do grupo “A Má Companhia Provoca”, será encenada no teatro do Sesc Sorocaba no dia 27/2, sexta-feira, às 20h. O espetáculo, com texto de Michelle Ferreira, foi finalista do Prêmio Luso-Brasileiro de Dramaturgia do Instituto Camões, em 2010. Também recebeu o Prêmio Heleny Guariba, em 2011, e foi finalista da Seleção Brasil em Cena 2012, do CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil).

“Reality (Final)” conta a história de Ela Lo Brac, uma atriz que fez muito sucesso na TV, mas que foi esquecida. Doente e endividada, ela busca nas drogas o esquecimento de sua decadência, até o momento em que é convidada por uma produtora de TV a participar de um reality show sobre doentes terminais. O programa é apresentado por um médico que se passa por animador de auditório.

A peça aborda temas polêmicos de forma humanizada. Os personagens vivenciam situações de crise, ao mesmo tempo em que fazem parte de uma sociedade capaz de produzir obras extremas, como este reality show de doentes terminais.

“Reality (Final)” consegue ser cômico com seus momentos sem pudor e, ao mesmo tempo, provoca reflexões sobre a vida e seus limites. “O texto de Michelle Ferreira apresenta uma situação na qual a sede pelos sórdidos detalhes da vida do outro nos transforma em passivos espectadores da degradação humana. O câncer de Eva é uma metáfora da sociedade atual. O reality show é um pano de fundo para falarmos de situações limite”, comenta o diretor Ramiro Silveira.

A Má Companhia Provoca

Criado em 2011, o grupo “A Má Companhia Provoca” busca textos brasileiros, inéditos e relevantes dentro da dramaturgia contemporânea, seja na temática, na linguagem, na forma ou no modo de construção. A intenção é produzir obras atuais e promover questões que são urgentes. O objetivo é criar em cada trabalho um território de comunicação sem hierarquia entre o objeto (a peça) e seu espectador. A missão central do grupo é revelar o vocabulário de cada dramaturgia e transmiti-lo ao público. Fazem parte da companhia Flavia Strongolli, Maura Hayas, Michelle Boesche, Michelle Ferreira, Ramiro Silveira e Solange Akierman.

Sobre a autora

Michelle Ferreira é atriz, dramaturga e roteirista, formada na Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (EAD/USP), em 2005. Na mesma universidade cursou Ciências Sociais; é graduada pela Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) em Produção Audiovisual. Integra o Núcleo de Dramaturgia do Centro de Pesquisa Teatral (CPT) desde 2003, na qual teve a oportunidade de escrever as peças “Urubu Comum”, “Terras dos Outros Felizes”, “Minha avó e as substâncias tóxicas” e “Sit Down Drama”.

Como atriz trabalhou com Zé Renato, Antonio Abujamra e Miguel Langone Jr. Foi duas vezes finalista do Prêmio Luso-Brasileiro de Dramaturgia do Instituto Camões, de Portugal: em 2009 com “Reality (Final)”, e em 2011 com “Tem alguém que nos odeia”. Ganhou o Prêmio Heleny Guariba em 2011 por “Reality (Final)”. Como roteirista, destacam-se a série cômica para TV e internet “O Espírito da Coisa”, na qual também é diretora, e o longa-metragem “Tardes Livres”, com direção de Renato Chiappetta.

Teve suas peças encenadas por Mario Bortolotto (“Como ser uma pessoa pior”), Cacá Carvalho (“estudohamlet.com”), José Roberto Jardim (“Tem alguém que nos odeia”) e Hugo Possolo (“Riso Nervoso com As Olívias”). Dirigiu a peça de sua autoria “Os Adultos estão na sala”, com “A Má Companhia Provoca”, da qual é uma das fundadoras e integrante.

Sobre o diretor

Ramiro Silveira é formado em direção teatral pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e mestre em direção teatral pela Middlesex University (Inglaterra), sendo atuante desde 1995. Estudou na Academia Russa de Teatro, em Moscou, na Escola Superior de Artes Dramática, em Madri (Espanha), e no Teatro Nacional de Bangkok (Tailândia).

De 2001 a 2007 foi professor de interpretação para TV e cinema na Escola de Atores Luís D’Mohr, oportunidade em que aprofundou sua pesquisa a respeito da relação do ator com a câmera. Em 2003 e 2005 representou o Brasil ministrando oficinas no International Workshop Festival, em Londres. Em 2003 e 2004 foi o coordenador geral do Festival Internacional de Teatro e Dança “Porto Alegre em Cena”. Em 2006 e 2007 foi professor de direção de atores na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Desde 2008 é professor de interpretação para teatro, cinema e TV na escola Globe-SP, onde também dirige os espetáculos teatrais de conclusão de curso.

O diretor foi indicado por duas vezes ao “Prêmio Açorianos de Direção Teatral”, o mais importante do teatro gaúcho, pelos espetáculos: “Toda Nudez será Castigada”, de Nelson Rodrigues (2001) e “True West - Mamãe foi pro Alaska”, de Sam Shepard (2006), além de conquistar o prêmio Criação Teatral Volkswagen com o espetáculo “A Cantora Careca”, de Eugène Ionesco (2003).

Serviço:

Peça Reality (Final)

Dia 27/2, sexta-feira, às 20h.

Local: Sesc Sorocaba, teatro, rua Barão de Piratininga, 555, Jardim Faculdade

Classificação: 16 anos

275 lugares

 

Ingressos: R$ 17,00 (inteira); R$ 8,50 (usuário com cartão válido inscrito no Sesc e dependentes, aposentados, + 60 anos, servidor da rede pública de ensino e estudantes com comprovante); R$ 5,10 (trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo credenciados no Sesc e dependentes – Credencial Plena).

 

Estacionamento:

Para matriculados no Sesc = R$ 3,00 a primeira hora e as demais horas R$ 1,00.

Não Matriculados = R$ 6,00 a primeira hora e as demais horas R$ 2,00.


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